Veículos elétricos da VW: Ambev fechou intenção de compra de 1.600 unidades (Volkswagen Caminhões e Ônibus/Divulgação)
A Volkswagen Caminhões e Ônibus está criando um polo de empresas em Resende, Rio de Janeiro, sede da montadora, para o desenvolvimento da produção do e-Delivery, primeiro caminhão elétrico a ser fabricado em série no Brasil a partir de 2021.
“Escolhemos as melhores empresas, que conhecem a matéria, para nos ajudar a finalizar os produtos. Vamos oferecer desde o desenvolvimento até a produção e o pós-venda dos nossos caminhões elétricos”, afirma Roberto Cortes, CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, em entrevista a EXAME.
Seis empresas já fazem parte do chamado e-Consórcio. Siemens, para fornecimento de infraestrutura, carregadores e energia para clientes; CATL e Moura, na área de baterias; Bosch, WEG e Semcon para desenvolvimento e fornecimento de componentes.
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Segundo o executivo, esse é um passo importante para assegurar que o produto será eficiente. “O caminhão é um bem de capital, por isso precisamos nos certificar de que o cliente terá o caminhão sempre rodando.”
O e-Delivery foi lançado no final de 2017 e é um caminhão de pequeno porte, destinado principalmente para entregas urbanas, diante de um cenário de expansão do comércio eletrônico e maiores restrições à circulação de veículos pesados nos grandes centros.
No ano passado, a Ambev assinou uma intenção de compra para ter, até 2023, mais de um terço da frota de distribuição de parceiros composta por caminhões elétricos da Volkswagen. A iniciativa envolve 1.600 veículos e é o maior projeto desse tipo já anunciado no mundo. Hoje, a gigante de bebidas já tem duas unidades do e-Delivery rodando para testes.
Cortes destaca que a montadora já está em discussões com outras empresas de segmentos correlatos ao da Ambev para fornecimento do e-Delivery.
O e-Consórcio e a frota elétrica fazem parte do atual ciclo de investimentos da montadora, de 1,5 bilhão de reais, que estarão concluídos até 2021.
Como os veículos elétricos não fazem barulho e não poluem, a expectativa é que o e-Delivery possa inclusive rodar à noite nos grandes centros. “Hoje, fazemos um trabalho na iniciativa privada, mas o próximo passo é começar a conversar com os governos para ampliar o alcance dos elétricos”, diz Cortes.