Niterói/RJ – O festival de cinema se tornou um dos principais eventos culturais do BRICS, o bloco político que reúne Brasil, África do Sul, China, Índia e Rússia. E pela primeira vez, o Brasil sedia o evento – considerado uma oportunidade de aproximação comercial entre os países membros. Nesta quarta-feira (2), teve início a mostra competitiva da quarta edição do festival, que acontece em Niterói (RJ).
O secretário do Audiovisual do Ministério da Cidadania, Ricardo Rihan, se juntou a milhares de turistas que aportaram na cidade para acompanhar o evento. Na cerimônia de abertura da principal mostra do festival, ele destacou a economia criativa gerada pelo setor. “O audiovisual é um setor que gera um volume importante de empregos. São empregos bem remunerados, empregos especializados, empregos do futuro, da economia criativa, e o governo vem investindo pesadamente no setor do audiovisual. A expectativa é que continue investindo”, disse. O Ministério da Cidadania investiu R$ 2 milhões no 4º Festival de Cinema do BRICS.
Durante seu discurso, o secretário ainda destacou que a cooperação com os países do BRICS, que representam os maiores mercados do mundo na área. “O Ministro Osmar Terra tem como prioridade a integração do Brasil com os países dos BRICS no setor cultural mas, principalmente, no audiovisual. E a expectativa é que a cooperação avance, principalmente durante a reunião de Ministros da Cultura, que será realizada no dia 11, em Curitiba”, concluiu Rihan.
A secretária municipal de Fazenda de Niterói, Giovanna Victer, também participou da abertura do festival. Na ocasião, ela destacou o papel da cidade que recebe o evento como um verdadeiro pólo audiovisual. “Niterói hospeda a principal faculdade de cinema do Brasil, a mais antiga, e nós temos uma cultura de cinema muito dentro da cidade. Então, para nós, quando surgiu a oportunidade de hospedar o festival, pelo Brasil, foi uma grande honra”, frisou.
Victer ainda citou o programa Niterói Audiovisual e demais atrativos do município, como a presença de diversas locações naturais, a arquitetura modernista de Niemeyer e a própria Universidade Federal Fluminense (UFF), responsável por formar talentos do setor. Esse conjunto de fatores torna favorável o desenvolvimento do audiovisual na cidade.
O reitor da UFF, Antônio Cláudio Nóbrega, a organizadora do festival e professora da universidade, Índia Mara Martins, além de cineastas, estudantes e representantes do audiovisual do BRICS, também estiveram presentes na cerimônia. Na ocasião, a organização exibiu um vídeo com cenas dos clássicos do audiovisual dos cinco países do bloco. O público também assistiu a um filme sobre a história do Cine Art UFF, produzido por uma estudante da faculdade.
A mostra competitiva do evento reúne 10 obras de diretores ainda em início de carreira, sendo duas de cada país. Leia mais na matéria sobre a mostra competitiva.
Brasil e o BRICS
Em 2019, o Brasil assumiu a presidência rotativa do bloco e a responsabilidade de organizar a 11ª Cúpula de Chefes de Estado, além de uma extensa agenda de atividades paralelas que abrange 29 áreas, além da cultura. Esta é a terceira vez que o Brasil sedia a Cúpula, que já foi realizada em Brasília (DF), em 2010 (2ª Cúpula), e em Fortaleza (CE), em 2014 (6ª Cúpula). No ano passado, o encontro foi realizado na África do Sul. Além do 4º Festival de Cinema, a Bienal de Curitiba em sua 14ª edição homenageia os países do BRICS e se insere como um dos eventos na programação oficial.
Uma das intenções do bloco na área cultural é aproximar os países para que possam ser criados mecanismos de cooperação a partir das sinergias nos setores da economia criativa e do audiovisual. Outro tema importante da agenda do bloco é o Patrimônio Cultural. Por iniciativa brasileira, há a negociação de um acordo para prevenção ao tráfico de bens culturais, que prevê ações coordenadas de repressão, repatriação e controle.
Serviço
Mostra Competitiva do 4º Festival de Cinema do BRICS
Data: 2 a 9/10
Locais e horários de exibição: confira na programação do Festival
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