Localizado em Petrópolis (RJ), o Museu Palácio Rio Negro, antiga residência de veraneio utilizada por 16 ex-presidentes da República, guarda em seu complexo arquitetônico importantes transformações históricas que marcaram o Brasil. Prestes a completar 130 anos, a instituição ganha um importante reforço para a sua preservação. O Fundo Nacional da Cultura (FNC) vai destinar R$ 3,9 milhões para o projeto de restauração global do espaço.
O Palácio Rio Negro tem em seu acervo documentos, mobiliários e objetos da presença republicana na cidade. Foi originalmente residência de veraneio do Barão do Rio Negro, Manuel de Carvalho, que inaugurou o local como residência em 1889, no final do império. O diretor do museu, Mário Chagas, explica a importância da ação.
“Desde que este palácio retornou para a União, em 2006, sempre foram feitas obras muito pontuais, muito pequenas. Com esses recursos do Fundo Nacional da Cultura, nós vamos contratar um projeto executivo global de restauração do Palácio Rio Negro”, afirma. “Esta é a ação mais importante que poderíamos ter, neste momento, para comemorar os 130 anos. Mais importante que exposição, mais importante que um evento qualquer”, destaca.
O Museu Palácio Rio Negro é vinculado ao Museu da República, administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), do Ministério da Cidadania. O presidente do instituto, Paulo Amaral, celebrou o anúncio de recursos para a restauração do espaço, que inclui no projeto obras emergenciais.
“Uma das unidades do Ibram, das mais belas, é a do Palácio Rio Negro. E o projeto de restauro incluirá, também, já de imediato, uma intervenção no que diz respeito a questões de drenagem do solo, que são bastante urgentes. A restauração e a qualificação, incluindo museografia, paisagismo, são feitas a fim de garantir a preservação do acervo e a segurança de funcionários e visitantes”, explica.
O secretário especial adjunto da Cultura do Ministério da Cidadania, José Paulo Soares Martins, ressaltou que a reforma vai permitir que o Palácio ofereça ao público a melhor estrutura possível para visitação. “A sua reforma já se faz necessária há tempos e é com muita satisfação que estamos alocando os primeiros recursos neste projeto, que vai permitir montar o projeto inicial de reformas e, com isso, logo, logo trazer para a sociedade brasileira e para a comunidade este palácio dentro de uma caracterização perfeita de funcionamento e com todas as condições de precaução com relação a riscos diversos”, afirma.
O início da elaboração do projeto executivo global de restauração do Museu Palácio Rio Negro está previsto para dezembro de 2019, após conclusão do processo licitatório.
Museu Palácio Rio Negro
O Museu Palácio Rio Negro é entendido como um conjunto que engloba edificações de valor histórico e cultural, cenário de acontecimentos notáveis e de transformações históricas que marcaram o Brasil. Foi construído por um rico barão do café e, mais tarde, tornou-se sede de verão de presidentes da República.
Na década de 1990, o imóvel esteve cedido ao estado do Rio de Janeiro e à Prefeitura de Petrópolis, retornando à administração federal em 2006. Em junho de 2007, por questões de identidade histórica, o Museu Palácio Rio Negro passou a ser um núcleo museológico vinculado ao Museu da República.
O terreno é composto por cinco lotes vizinhos. Nos lotes centrais, estão o Palácio Rio Negro, a antiga cocheira, atualmente utilizada pelo Museu da Força Expedicionária Brasileira, e uma quadra esportiva.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania
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