Quatro novas peças e espetáculos nas unidades Funarte movimentam a programação cultural. O destaque é para o show de dança duplo ‘Maslow’ e ‘Incônscio’, em Belo Horizonte (MG). Na Cinemateca Brasileira, a Mostra Documentários destaca obras brasileiras sobre diferentes gêneros musicais e personalidades. E, no Rio de Janeiro (RJ), o Iphan abre uma exposição sobre a cultura da região Sul do Brasil. Confira a programação completa:
CINEMATECA BRASILEIRA
Mostra Documentários
Até 6/10
Endereço: Largo Sen. Raul Cardoso, 207 – São Paulo (SP)
A Mostra contempla documentários sobre diferentes gêneros musicais e grandes nomes da música nacional, todos produzidos nas últimas duas décadas. E vai desde a biografia de um dos maiores sambistas, Cartola – Música para os olhos, dirigido por Hilton Lacerda e Lírio Ferreira, à pesquisa minuciosa sobre o movimento punk no País, em Botinada!A origem do punk no Brasil, perpassando pelas histórias de vida de alguns dos mais importantes nomes da música popular brasileira nos anos 1960, como o longa Loki: Arnaldo Baptista, sobre o mutante paulista, e a biografia do roqueiro baiano Raul – O início, o fim e o meio, dirigida pelo fotógrafo Walter Carvalho. Destacam-se o panorama do cancioneiro brasileiro da cinemanovista Helena Solberg, Palavra (En)Cantada; a vida dos dançarinos e o sucesso do estilo de dança do funk carioca, em A batalha do passinho; o registro do Festival de Águas Claras, o “Woodstock brasileiro”, em O barato de Iacanga – ainda inédito no circuito comercial brasileiro; o minucioso retrato do músico Itamar Assumpção, figura central da música paulista, em Daquele instante em diante, de Rogério Velloso. Toda a programação tem entrada gratuita. Os ingressos serão distribuídos na bilheteria uma hora antes de cada sessão, sujeito a lotação da sala.
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FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTES (FUNARTE)
Espetáculos ‘Maslow’ e ‘Incônscio’
Até 28/9
Endereço: Funarte MG – Rua Januária, 68 – Belo Horizonte (MG)
Maslow’: a coreografia de Fred Veiga parte do pressuposto de um corpo intrinsecamente desorganizado em busca de autorrealização. “Deparamos com uma atmosfera de questionamentos e sensações provocadas pela sociedade previamente marcada pelo contexto histórico-social. Abraham Maslow, através da psicologia, organizou nossas necessidades de maneira hierárquica através de uma pirâmide. Segundo Maslow, cada campo de necessidade precisa ser saciado para que outro aconteça, caso contrário, há incongruência, isto é, quando todos os campos estiverem de acordo, abre-se espaço para autorrealização”, esclarece o coreógrafo.
‘Incônscio’: nesta montagem, os coreógrafos Dalton Walisson e Jorge Ferreira trabalham com a significação da palavra para expressar a perda do controle, a falta de estabilidade. “Sinônimo de inconsciente ou subconsciente, nos instiga a entender a parte mais profunda da nossa mente, da qual não temos controle. É, porém, a parte que nos controla. Até que ponto somos afetados pela sociedade? Seu corpo sendo controlado por um pensamento? São muitos os questionamentos que guiaram essa pesquisa coreográfica’, explicam.
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Espetáculo de dança ‘Zona’
Até 29/9
Endereço: Funarte SP – Alameda Northmann, 1058 – São Paulo (SP)
Desde 2012, o Coletivo Menos 1Invisível explora as possibilidades de articulação e integração entre a dança e as artes visuais. Nesse novo trabalho, obras do pintor mexicano Sergio Garval foram referências para a reflexão sobre os deslocamentos e atravessamentos de fronteiras. As figuras do náufrago e do imigrante movimentam-se num espaço dividido, demarcado por meio de materiais descartados, como entulho de construção e lixo eletrônico. Durante um ano, os intérpretes da coreografia coletaram nas ruas esses materiais, a fim de que cada um criasse o seu próprio ‘território’ no espaço cênico. O intuito era que o cenário estabelecesse com os corpos uma relação de soberania ou determinação, ou seja, que a movimentação não se desse ‘a partir do corpo’, mas ‘com ele’. Os deslocamentos constantes modificam a todo momento a configuração das ‘fronteiras’ criadas pelos artistas. O público também pode se movimentar por esse espaço instável, escolhendo a intensidade das relações com o ambiente e os intérpretes, mas sempre dentro dos limites impostos pelo próprio percurso.
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Espetáculo ‘Corpoesia’
Até 29/9
Endereço: Teatro Cacilda Becker – Rua do Catete, 17 – Rio de Janeiro (RJ)
A montagem reflete um pouco do lado humano, artístico e político do poeta pernambucano Francisco Solano Trindade, que desenvolveu sua múltipla potencialidade artística com o olhar sempre voltado à realidade do negro brasileiro. A narrativa evidencia episódios marcantes da trajetória do artista, como o seu convívio com a atriz Ruth de Souza – amiga que o abrigava após as manifestações políticas pelos direitos dos trabalhadores; quando a música Mulher Barriguda, canção de autoria de Solano Trindade – compreendida como protesto à ditadura militar, foi gravada pelo grupo Secos e Molhados, em 1973, e durante outros acontecimentos relacionados à obra do poeta. Dada sua militância política pacífica, Solano é considerado por muitos o Gandhi da literatura popular brasileira, mesmo tocando em pontos críticos – dentre eles, a dificuldade de inserção do negro no mercado de trabalho.
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Espetáculo ‘Boca de Ouro’
Até 29/9
Endereço: Funarte MG – Rua Januária, 68 – Belo Horizonte (MG)
A Funarte MG, no Centro de Belo Horizonte, vai apresentar o espetáculo Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, entre os dias 26 e 29 de setembro. O texto, escrito em 1959, já foi encenado várias vezes, e ganhou duas versões para o cinema. O personagem principal é um bicheiro famoso, conhecido por seus diversos pseudônimos, como Drácula de Madureira, Assassino de Mulheres e Boca de Ouro. Ele não mede esforços para conseguir o que deseja e com sua influência e poder compra o que seu dinheiro alcança. Mas isso não inclui a sua paz de espírito. A direção é assinada por Igor Ayres. Boca de Ouro não sabe de onde veio e nunca viu a mãe; por esse motivo vira bicho quando em alguma discussão alguém tem a ousadia de “botar a mãe no meio”. Sua história é contada por Guigui, uma de suas ex-amantes, a um repórter da imprensa sensacionalista. São três versões da mesma história, mostrando três facetas diferentes de um homem que dá o que falar.
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Espetáculo ‘Manhã’
Até 29/9
Endereço: Teatro Plínio Marcos – Setor de Divulgação Cultura, lote 2 – Brasília (DF)
O Teatro Plínio Marcos, no Complexo Cultural Funarte Brasília, recebe, de 27 a 29 de setembro, o espetáculo Manhã. A trama é construída a partir da perspectiva de dois homens que se amam e se encontram em um momento de crise. O objetivo é renovar as esperanças no outro e na própria vida, por meio da busca de amadurecimento pessoal e da tentativa de resolver os conflitos dessa relação. A montagem retrata uma noite repleta de surpresas e decisões, que entra pela madrugada e vai até o amanhecer, momento em que o casal acredita poder criar algo novo em prol desse encontro. A relação homoafetiva é o principal pano de fundo da trama, mas os temas abordados são universais. Essa nova temporada no Teatro Plínio Marcos, em Brasília, encerra a trajetória do espetáculo.
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Espetáculo ‘Solano – Vento forte africano’
Até 29/9
Endereço: Teatro Dulcina – Rua Alcindo Guanabara, 338 – Rio de Janeiro (RJ)
A montagem reflete um pouco do lado humano, artístico e político do poeta pernambucano Francisco Solano Trindade, que desenvolveu sua múltipla potencialidade artística com o olhar sempre voltado à realidade do negro brasileiro. A narrativa evidencia episódios marcantes da trajetória do artista, como o seu convívio com a atriz Ruth de Souza – amiga que o abrigava após as manifestações políticas pelos direitos dos trabalhadores; quando a música Mulher Barriguda, canção de autoria de Solano Trindade – compreendida como protesto à ditadura militar, foi gravada pelo grupo Secos e Molhados, em 1973, e durante outros acontecimentos relacionados à obra do poeta. Dada sua militância política pacífica, Solano é considerado por muitos o Gandhi da literatura popular brasileira, mesmo tocando em pontos críticos – dentre eles, a dificuldade de inserção do negro no mercado de trabalho.
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Espetáculo ‘Neurinha’
Até 29/9
Endereço: Teatro Dulcina – Rua Alcindo Guanabara, 17 – Rio de Janeiro (RJ)
A montagem mostra, com muita diversão, a importância da infância e pré-adolescência por meio da rotina de dois irmãos. Clarinha e Paulinho vivem discutindo as ‘neurinhas’ existentes em suas vidas. A peça convida o público a refletir sobre como é essencial ser criança e curtir esse momento. Neurinha também tem como proposta incentivar o hábito da leitura. O projeto tem o apoio do criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa. Ao final do espetáculo, são distribuídos gibis para a plateia.
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Exposição ‘Pequenos Vestígios de Melancolia’
Até 29/9
Endereço: Funarte SP – Alameda Northmann, 1058 – São Paulo (SP)
Os artistas Andrey Zignatto, Daniel Jablonski, Kitty Paranaguá, Jordi Burch, Paulo Ferreti e Renata Pelegrini têm trabalhos expostos sob a curadoria de Cadu Gonçalves, também artista visual, pesquisador, educador e produtor. Segundo o curador, em linhas gerais, o espectador da exposição encontrará imagens de espaços esvaziados, que convidam ao seu preenchimento ou pelo menos o sugerem. Podem ser espaços físicos, imaginários, representações do tempo ou manifestações do espírito; provocam sempre uma impressão de vazio. Cadu Gonçalves explica, ainda, que a mobilização do espectador pelas obras cria uma relação que jamais se consuma na ação efetiva, apenas na contemplação e na espreita. Daí a ideia de melancolia, presente em todos os trabalhos: marca da constatação de uma falta, sem qualquer perspectiva da plenitude.
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Ocupação ‘Encruzilhadas Vissungueiras’
Até 6/10
Endereço: Funarte SP – Alameda Northmann, 1058 – São Paulo (SP)
O grupo Ponte Elemento Per ocupa a sala Carlos Miranda, do Complexo Cultural Funarte SP, com cinco espetáculos distintos, mas tendo em comum a abordagem da cultura afro-brasileira ou afro-americana. Na primeira semana, a ocupação traz a ‘palestra-performance’ A Grande Encruzilhada: Brasil +EUA (De antigos cantos novos poemas). Fruto de uma residência artística, realizada em julho, por parte da equipe da Plataforma Garimpar em Minas Negras Cantos de Diamante, o encontro tem elementos de conversa e também de espetáculo. Os artistas visitaram quatro cidades históricas do sul dos Estados Unidos, recolhendo daí o material para a conversa. O ponto de partida serão imagens e impressões sobre os encontros humanos e artísticos, entre as tradições musicais brasileira e estadunidense de matriz africana.
Em seguida, de 20 a 22 de setembro, entra uma programação musical, com a participação de artistas convidados. Dia 20, o grupo Bate Canela vai ao palco mostrar os resultados de sua pesquisa em torno dos vissungos – cantos de origem centro-africana que ocorrem no interior de Minas Gerais desde o século XVIII. Graciela Soares (voz), Marcelo Araújo (baixo e voz) e Adriel Job (percussão e voz) propõem arranjos contemporâneos para o álbum O Canto dos Escravos, considerado um clássico.
Dia 21, sexta, é a vez da cantora e compositora angolana Jéssica Areias. Acompanhada de Gustavo Marques (violão) e Cauê Silva (percussão), ela apresenta clássicos da música popular de seu país. Luciano Mendes de Jesus e a equipe artística da plataforma Garimpar em Minas Negros Cantos de Diamante realizam a Cantoria Vissungueira no dia 22 de setembro. Todos que queiram experimentar as sonoridades dos vissungos em suas próprias vozes são convidados a participar. Depois de cada apresentação musical, haverá um bate-papo entre o público e os artistas. A classificação etária é de 14 anos e a duração das apresentações é de 80 minutos.
Encerra a programação, de 27 de setembro a 6 de outubro, uma temporada de Episódio III: Banzo e os Filhos dos Antigos. No espetáculo, diferentes histórias se entrecruzam, tendo como base comum a procura das raízes africanas ou uma saudade difusa das origens, de uma África que não se conheceu e que já não existe mais. Personagens de um universo fantástico e poético caminham e empreendem suas buscas, encontrando-se em ‘encruzilhadas de uma grande memória de si e do mundo’.
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CASA DE RUI BARBOSA
13ª Primavera dos Museus
Até 28/9
Endereço: Fundação Casa de Rui Barbosa – Rua São Clemente, 134 – Rio de Janeiro (RJ)
O Museu Casa de Rui Barbosa participará da 13ª Primavera dos Museus. O evento é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que mobiliza instituições museológicas de todo o país. Tendo como inspiração o tema desta edição “Museus por dentro, por dentro dos museus”, o museu realizará visitas mediadas que mostrarão os “bastidores” da Casa de Rui Barbosa, do Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos Gráficos (SEP/LACRE) e do Arquivo-Museu de Literatura Brasileira (AMLB). Além disso, haverá datas extras da atividade Jardim em Foco.
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Exposição ‘Raimundo Santa Helena’
Até 29/9
Endereço: Fundação Casa de Rui Barbosa – Rua São Clemente, 134 – Rio de Janeiro (RJ)
Até o final de setembro, estará no hall da Fundação Casa de Rui Barbosa a exposição Raimundo Santa Helena. O acervo do cordelista paraibano foi doado no dia 30 de agosto, em uma cerimônia que reuniu amigos, admiradores e familiares do autor. O material doado conta com mais de 100 folhetos de cordel e parte dele pode ser conferida na mostra assinada por Sylvia Nemer.
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Mostra ‘Um Jardim de Tradições’
Mostra permanente
Endereço: Fundação Casa de Rui Barbosa – Rua São Clemente 134 – Rio de Janeiro (RJ)
Com uma seleção de fotos do Arquivo Casa de Rui Barbosa, combinada com imagens dos atuais pequenos frequentadores, a exposição tem como propósito registrar o espírito lúdico e receptivo do Jardim Histórico. A museóloga do museu-casa Aparecida Rangel ressalta que o objetivo é “reafirmar o Jardim como forma de lazer e acolhimento, desde o século XIX, tempo de seu patrono Rui Barbosa, até os dias de hoje”. Por isso, a iniciativa é tida pelos organizadores como uma forma de reverência ao espaço cultural. A mostra temática ocorre no quiosque do Jardim Casa de Rui Barbosa, localizado na Rua São Clemente, 134, em Botafogo, no Rio de Janeiro, e está aberta ao público de terça à sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. A entrada é franca.
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BIBLIOTECA NACIONAL
Exposição ‘Euclides da Cunha. Os sertões, testemunho e apocalipse’
Até 5/10
Endereço: Espaço Cultural Eliseu Visconti – Rua México s/n – Rio de Janeiro (RJ)
Dividida em quatro módulos – Os Sertões, Canudos, A República imaginada e a vida carioca e Canudos 2017 –, a exposição percorre uma linha do tempo que começa em 1830, com o nascimento de Antônio Conselheiro, vai a 1866, quando nasce Euclides da Cunha, lembra 1888, quando o escritor tenta quebrar sua espada do Exército à frente do ministro da Guerra e depois desliga-se da corporação e começa a carreira de jornalista, como defensor da república no jornal A República de São Paulo, hoje O Estado de S. Paulo; vai até a posse de Prudente de Morais, primeiro presidente civil, e chega à Guerra de Canudos, em 1896/1897: o primeiro enfrentamento dos seguidores de Antônio Conselheiro com as tropas do governo da Bahia; os ataques do Exército brasileiro contra o Arraial de Canudos, que passou a ser considerado foco monarquista; o cerco final, a morte de Antonio Conselheiro e a rendição final de Canudos, arrasado e incendiado, em 1897. Estarão expostas 130 peças do acervo da Biblioteca Nacional, cinco desenhos a carvão de Adir Botelho (pertencentes ao Museu Nacional de Belas Artes) e 14 imagens de Flavio de Barros, cedidas pelo Museu da República.
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INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÌSTICO NACIONAL (IPHAN)
Exposição ‘Sul a Sul: cultura popular da região’
Até 13/10
Endereço: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular – Rua do Catete, 179 – Rio de Janeiro (RJ)
Apesar de ser a menor região em extensão territorial, os mais de 29 milhões de habitantes dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul trazem ao tempo a memória e os costumes de seus antepassados, ressaltando-as em suas celebrações, sons, danças, ritmos e diversas expressões de saberes e fazeres reproduzidos, também, na arte do artesanato. Um pouco desse universo cultural é tema da exposição Sul a Sul: cultura popular da região, que apresenta gratuitamente seleção de peças e imagens que refletem a pluralidade das manifestações culturais sulistas, algumas delas reconhecidas pelo Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil. Assim, o público poderá conhecer um pouco mais sobre o Fandango Caiçara (PR); as Tradições Doceiras da Região de Pelotas e Antiga Pelotas (RS); a Procissão do Senhor dos Passos, realizada em Florianópolis (SC), além da Tava, lugar de referência para o Povo Guarani (RS) e da Roda e Ofício dos mestres de capoeira, uma manifestação de âmbito nacional. A mostra, que segue até o dia 13 de outubro, apresenta ainda peças do acervo do CNFCP, feitas por artesãos da Região Sul. Entre elas, a renda de bilro de Florianópolis, o artesanato em palha de milho de Mafra e as pêssankas de Itaiópolis, todas cidades de Santa Catarina, além dos acessórios femininos feitos pela Colônia de Pescadores de Pelotas (RS).
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INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (IBRAM)
13ª Primavera dos Museus
Até 29/9
Organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), instituição vinculada ao Ministério da Cidadania, a 13ª edição da Primavera dos Museus prevê a realização de atividades especiais com o objetivo de atrair a atenção e mais público para essas instituições. Em 2019, 848 museus participam da semana, com 2.657 atrações formatadas especialmente para a temporada, incluindo palestras, oficinas, exposições, workshops, shows e outras atividades. O tema deste ano é “Museus por dentro, por dentro dos Museus” e busca envolver o público na aventura de conhecer, preservar e compartilhar suas memórias. A proposta é permitir que os visitantes conheçam o dia a dia dos museus para além dos espaços de exposição, vendo também outras áreas, como curadoria de obras, preservação de acervo e pesquisas científicas. Na realidade, a 13ª Primavera busca mostrar ao público a complexidade do conjunto de atividades museais, cujo objetivo último é preservar os bens e fazer com que a interação do público com as informações e memórias expostas seja a mais fluida e clara possível.
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Exposição ‘Bonecas que contam histórias’
Até 28/9
Endereço: Museu do Diamante – Rua Direita, 14 – Diamantina (MG)
A mostra retrata por meio de bonecas que representam o cotidiano e a religiosidade de matriz afrodescendente (orixás) a história das Abayomi, um povo que mesmo aprisionado /escravizado traz em si a resistência somada a suas crenças e valores, levando ao público uma reflexão histórica. As bonecas são produzidas sem rosto e os corpos não são padronizados para manter a característica das Abayomi, que eram feitas da barra das roupas das africanas trazidas como escravas. Os autores da mostra, Calebe Silva Ribeiro e Mariana Miranda, motivados por essa característica de luta em prol da resistência contra a violência de gênero, contra o racismo e contra a intolerância religiosa desenvolveram a exposição.
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Exposição ‘Nas asas da Panair’
Até 29/9
Endereço: Museu Histórico Nacional – Praça Mal. Âncora s/n – Rio de Janeiro (RJ)
Sob curadoria da historiadora Mariza Soares, a mostra apresenta itens da coleção criada em 2017 como resultado de uma parceria entre a empresa Panair do Brasil e a Família Panair, uma associação que reúne antigos funcionários da companhia. Ao longo de um ano, foram coletados quase 700 peças, entre objetos e material de divulgação impresso. Quase todos contribuíram com folhetos, medalhas comemorativas, uniformes, adereços, louça, maletas de mão, brindes, fotografias, fitas e CDs com entrevistas, outros tipos de documentos e pequenos luxos – como protetor de caneta tinteiro, guardanapo de linho e talher de prata dos “tempos da Panair”. Alguns objetos foram adquiridos nos leilões de liquidação da empresa.
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Exposição ‘Diário de Cheiros: Affectio’
Até 29/9
Endereço: Museu Nacional de Belas Artes – Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ)
A instalação Affectio é construída por seis mesas de aço corten com ânforas olfativas feitas em vidro soprado, técnica que a artista Josely Carvalho abraçou desde 2016 e que continua a desenvolver nos estúdios do Urban Glass, em Nova York. Cada ânfora recebe o nome do cheiro criado pela artista com o apoio da Givaudan do Brasil e da empresa Ananse. São eles: “Pimenta”, “Lacrimæ”, “Barricada”, “Anoxia”, “Poeira” e “Dama da Noite”. Este último, contudo, ganha uma sala especial no MNBA, na cor tonalidade carmim, que, segundo a artista, remete à sensibilidade, à potência e à força feminina, entendidas aqui como possível opção de mediação de conflitos. A mostra é um desdobramento de Teto de Vidro: Resiliência, que foi exibida no ano passado no Museu de Arte Contemporânea – MAC USP e concorre, junto de outros cinco projetos, ao The Art and Olfaction Awards 2019, premiação internacional que celebra e premia artistas e perfumistas experimentais e independentes.
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Exposição ‘Estadia 3’
Até 6/10
Endereço: Museu da Inconfidência – Praça Tiradentes, s/n – Ouro Preto (MG)
A exposição reúne professores da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e tem como objetivo abordar a representação dos espaços abertos em consonância com as diversas formas de expressão: a gravura, a fotografia, a cerâmica e as matizes naturais impressas pela natureza. Segundo o grupo de professores, “Grassar: ações continuadas em arte”, estadia é uma derivação da ideia de residência, distanciando-se da fixidez daquilo que reside e apontando para o estatuto de uma condição processual. O título dado a essas experiências, com os dois pontos (:) sem associação com uma sequência, afirma um convite ao aberto.
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Exposição ‘Melvin Edwards’
Até 27/10
Endereço: Museu da República – Rua do Catete, 153 – Rio de Janeiro (RJ)
Nascido nos Estados Unidos em 1937, Melvin Edwards se tornou célebre por suas esculturas abstratas de metal em aço. Em suas obras, ainda que abstratas, as ferramentas agrícolas como memória de sua infância no sul dos Estados Unidos estão presentes, além de correntes que podem remeter, segundo o artista, aos elos de conexão entre as pessoas. Nesse sentido, a exposição tem como objetivo explorar diferentes vertentes do trabalho do escultor, criando um leque de raciocínios desenvolvido pelo artista ao longo dos anos de pesquisa. Reconhecido como pioneiro na arte contemporânea afro-americana, Melvin Edwards funde engajamento político com abstração, produzindo objetos densos, fortes e carregados de significados. Sua obra procura conciliar o interesse na abstração com a satisfação por contar a história da cultura negra, buscando o diálogo com as lutas históricas e contemporâneas. A exposição inclui obras de aço, como “Boa sorte, primeiro dia”, típicas do estilo do artista, mas também aquarelas que dialogam com o peso do metal.
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Exposição ‘Culturas Africanas – arte, mitos e tradições’
Até 9/11
Endereço: Museu da Abolição – Rua Benfica, 1150 – Recife (PE)
Em forma de releitura de máscaras, escudos, objetos rituais de uso lúdico e utilitário da África, a exposição apresenta, também, algumas peças originais de vestuário da nobreza tradicional africana. A mostra é resultado dos trabalhos realizados por 16 pesquisadores do CAC sobre modelagem em argila. O projeto tem a direção da professora Suely Cisneiros Muniz, da UFPE, e orientação e curadoria do professor Paulo Lemos de Carvalho, pesquisador em antropologia da arte tradicional africana, além dos 16 pesquisadores do CAC.
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Exposição ‘Entre o acervo e o estúdio’
Até 1/12
Endereço: Museu Nacional de Belas Artes – Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ)
O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram) inaugurou a mostra da artista gaúcha, Marilice Corono, ‘Entre o acervo e o estúdio’. De acordo com a artista, a seleção das 32 obras que integram a exposição foi determinada pelo estudo dos gêneros, pelo caráter autorreferencial da maior parte das imagens, pela qualidade que apresentam e por aspectos afetivos e pessoais. Na exposição, algumas pinturas tornaram-se significativas, como a publicação ‘Iniciação a Pintura’ (1976) de um dos pioneiros da restauração no país, Edson Motta, professor de teoria, técnica e conservação da pintura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) entre os anos de 1945 e 1980 e autor de livros essenciais para a formação da artista. Com carreira iniciada na década de 1990, Corono já integrou mostras coletivas em vários estados do Brasil. Desde 2005, a artista realiza projetos de exposição que têm como tema o próprio espaço onde as obras são apresentadas. Além de artista visual, ela é professora de pintura do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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Exposição ‘Contextos Afro Digitais’
23/3/2020
Endereço: Museu do Açude – Estrada do Açude, 764 – Rio de Janeiro (RJ)
A mostra exibe cerca de 20 instalações inéditas, em chapas de aço expostas ao ar livre, nos jardins do museu. São girafas com 3,5m de altura, elefantes e polvos gigantes, além de outros bichos em exibição no espaço. A mostra também tem o objetivo de estimular o lúdico nas crianças, que poderão fazer sua própria obra de arte, reproduzindo um megabicho em papelão. Marcos Scorzelli é carioca, formado em Design pela PUC Rio e começou a carreira inovando em projetos de arquitetura como designer de interiores corporativo e de cenografia. Com seu pai, criou a Scorzelli Arquitetura e Design em 1993 e, ao longo de 23 anos, recebeu vários prêmios por projetos corporativos desenvolvidos para grandes empresas. Fotógrafo amador, é apaixonado pelo Rio. Desenvolveu sua linguagem vivenciando a natureza e explorando todos os cantos da capital fluminense.
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Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania
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(61) 2024-2266 / 2412