Os preparativos para a edição 2020 do Mercado das Indústrias Culturais do Sul (Micsul) começaram. Foi realizada em Montevidéu, nos dias 5 e 6 de setembro, a primeira reunião preparatória para o Mercado, programado para maio do ano que vem, na capital uruguaia.
O Mercado de Indústrias Culturais do Sul (Micsul) é uma iniciativa dos órgãos nacionais de cultura dos países sul-americanos e reúne, bienalmente, pequenos e médios empreendedores culturais com o objetivo de incentivar e debater o consumo e a circulação de bens e serviços culturais na América do Sul, bem como fomentar a realização de acordos de venda e comercialização de bens e serviços. O evento – criado em 2014 – promove rodadas de negócios, apresentações artísticas (showcases), conferências e oficinas.
A edição 2020 vai contar com a participação da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e México, que passa a integrar o programa a convite do país anfitrião. Os representantes governamentais definiram em conjunto e por consenso as linhas gerais do Mercado, tanto em relação às atividades de negócios como em relação às atividades de formação e às atividades culturais abertas ao público.
O evento vai contar ainda com rodadas de negócios intra e intersetoriais para empresas e empreendedores de artes cênicas, audiovisual, animação, jogos eletrônicos, design, moda, editorial, música, artes visuais, museus e artesanato. Como nas edições anteriores, o anfitrião convidará compradores extra região para dinamizar as rodadas de negócios e outras atividades. Cada país será responsável pela seleção dos representantes de cada setor nas rodadas de negócios. No caso do Brasil, a seleção da delegação será feita por edital.
De acordo com a servidora Andrea Guimarães, da Secretaria da Economia Criativa do Ministério da Cidadania, os principais resultados da reunião foram alinhar expectativas dos países participantes com relação à organização do evento por parte do Uruguai e conhecer os responsáveis pelas delegações e pela produção do Mercado. “Outro resultado muito importante foi a decisão de consolidar o Micsul não só como evento mas também como plataforma permanente de promoção e difusão da cultura e da criatividade latino-americana, o que se traduzirá futuramente em outras atividades e serviços”, analisa.
A primeira edição do Micsul ocorreu em Mar del Plata, Argentina, em 2014, e a segunda, em Bogotá, Colômbia, em 2016. Em 2018, o Brasil realizou o Mercado de Indústrias Criativas do Brasil, que contou com a participação de oito países da América do Sul e foi realizado com base no compromisso do País em realizar a terceira edição do Mercado.
O MicBR 2018 ocorreu em novembro passado em São Paulo e contou com a participação de empreendedores culturais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai e mais 60 compradores de 25 países. As rodadas de negócios contaram com 406 empresas e empreendedores de oito setores criativos, que geraram US$ 5,4 milhões durante o evento e previram fechar outros negócios na ordem de US$ 54 milhões para os 12 meses seguintes, conforme dados levantados pela Bits Productions, empresa responsável pela produção das rodadas de negócios. De acordo com o secretário substituto da Economia Criativa, Luiz Eduardo Rezende, tal iniciativa é de fundamental importância para o fomento dos setores culturais. “Os mercados criativos movimentam a economia, e o governo cumpre com seu papel de trazer recursos novos e privados para a cultura”, ressalta.
O Micsul apresenta-se como grande oportunidade de intercâmbio de informações e boas práticas, tanto no âmbito privado, com o aumento das possibilidades de difusão e comercialização multilateral de bens e serviços, quanto na esfera pública, por meio da definição de agendas comuns dos órgãos nacionais de cultura dos países participantes e aprimoramento de marcos regulatórios. A iniciativa é de grande relevância para o Ministério da Cidadania, na medida em que impulsiona de maneira determinante a circulação cultural na região sul-americana, contribuindo concretamente para a capacitação de empreendedores e a profissionalização e internacionalização de empreendimentos criativos do País. Representa, ainda, oportunidade de incremento da comercialização de bens e serviços culturais brasileiros, ampliando a presença da cultura brasileira no exterior.
Assessoria de Comunicação
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