A Fundação Nacional de Artes (Funarte) traz seis novidades para a programação cultural do Ministério da Cidadania. No Rio de Janeiro, os destaques são os espetáculos teatrais ‘Solano – Vento forte africano’ e ‘Neurinha’, além dos solos de dança que integram a ‘Trilogia do Feminino’. Na capital paulista, estreiam a coreografia ‘Rituais de Suspeição’ e o show ‘Vivaz!’. E em Brasília, a novidade é o show ‘Porta do Mundo às Mestras e aos Mestres’. Confira a programação completa:
FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTES (FUNARTE)
Show ‘Vivaz! – Daniel Medina e convidados’
De 4 a 25/9
Endereço: Teatro Eugênio Kusnet – Rua Dr. Teodoro Baima, 94 – São Paulo (SP)
O show Vivaz! mostra canções inéditas do compositor Daniel Medina, que farão parte do seu segundo álbum. O repertório do primeiro, Evoé!, também está presente no espetáculo, marcado pela simplicidade, intimismo e pela influência do teatro. A cada noite da temporada, Medina recebe convidados como Héloa, Paulo Neto, Arruda, Daniel Perroni Ratto, Gustavo Galo e outros. Daniel Medina iniciou sua carreira em Fortaleza, onde criou ao lado de dois parceiros a banda performática Manilha Mundial. Depois de intensa atuação na cena cultural da capital cearense, radicou-se em São Paulo em 2016. No ano seguinte, lançou o seu primeiro álbum solo, Evoé!. Em abril de 2018, apresentou o repertório do disco de estreia em show na Sala Guiomar Novaes, do Complexo Cultural Funarte SP.
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Espetáculo ‘Rituais de Suspeição’
6/9, às 19h
Endereço: Funarte SP – Alameda Northmann, 1058 – São Paulo (SP)
Com 17 anos de atividade, a Cia Sansacroma reafirma a sua escolha de não atuar dentro dos padrões e temáticas tradicionais. Sua pesquisa estética compreende e privilegia o campo da periferia – entendido tanto como espaço geográfico quanto como lugar social marginalizado. ‘Rituais de Suspeição’ toma como ponto de partida a reflexão sobre o preconceito e a discriminação raciais no Brasil; sobre a sua dissimulação pela sociedade; e sobre como os corpos negros assimilam os comportamentos discriminatórios e podem reagir a eles. Na visão do grupo, que recebe orientação de pesquisa do sociólogo Uvanderson da Silva, a nossa sociedade estigmatiza não somente os corpos dos negros, mas, de forma geral, os daqueles que estão à margem por sua condição social periférica ou comportamento desviante. A coreografia de ‘Rituais de Suspeição’ transpõe para o palco as estratégias que esses corpos encontram na sua relação com a cidade, os expedientes usados para ‘driblar’ os olhares preconceituosos.
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Espetáculo ‘Trilogia do Feminino’
De 6 a 8/9
Endereço: Teatro Cacilda Becker – Rua do Catete, 338 – Rio de Janeiro (RJ)
Resultado da pesquisa realizada nos últimos dez anos, o programa é composto por três solos de dança: Mulher Selvagem, em cartaz na sexta (6); O Vestido, que será apresentado no sábado (7); e A Mulher que Cuspiu a Maçã, no domingo (8). Rosa Antuña é reconhecida como uma das principais artistas de sua geração. Sua Trilogia do Feminino tem como objetivo estimular a reflexão sobre o lugar da mulher contemporânea e seu empoderamento, além da conscientização sobre a busca do equilíbrio entre os gêneros e a importância de se combater a violência contra a mulher. Em cada um dos solos, a criadora investiga aspectos diversos da mulher na sociedade contemporânea e expõe – através da dança, da música e do teatro – suas reflexões, seus receios, faz denúncias e arrebata a plateia, que oscila do riso ao choro. Mulher Selvagem estreou em 2010; O Vestido em 2013; e A Mulher que Cuspiu a Maçã foi aos palcos pela primeira vez, na Dinamarca, em 2014. Os três solos têm sido apresentados em todo o Brasil nos principais festivais e prêmios de circulação de dança.
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Show ‘Porta do Mundo às Mestras e aos Mestres’
7/9, às 19h
Endereço: Teatro Plínio Marcos – Setor de Divulgação Cultural (SDC), lote 2 – Brasília (DF)
O show Porta do Mundo às Mestras e aos Mestres mistura ritmos brasileiros, como forró, samba de coco e outros gêneros musicais. O Teatro Plínio Marcos, no Complexo Cultural Funarte Brasília, vai receber a banda formada pelos músicos Filipe Wiladino, Stênio Neves e Rafael Gonçalves para uma única apresentação, dia 7 de setembro, sábado, às 19h. A banda Porta do Mundo vai contar com a presença dos dançarinos do Grupo Encanto de Itapoã que estreia seu repertório de músicas autorais. O show é uma homenagem aos mestres de cultura popular, como a musicista Martinha do Coco e a criadora do Grupo Encanto de Itapoã, a candanga-maranhense Eliana Costa, que há quatorze anos sustenta suas apresentações artísticas apenas por meio da mobilização da comunidade do Itapoã. O objetivo do evento é fortalecer e consolidar a Festa do Bumba meu Boi nos espaços formais da cidade, além de valorizar a música autoral, como legado cultural de Brasília e do Brasil.
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Espetáculo ‘Solano – Vento forte africano’
De 7 a 29/9
Endereço: Teatro Dulcina – Rua Alcindo Guanabara, 17 – Rio de Janeiro (RJ)
A montagem reflete um pouco do lado humano, artístico e político do poeta pernambucano Francisco Solano Trindade, que faria 111 anos em 2019, caso estivesse vivo. Solano desenvolveu sua múltipla potencialidade artística com o olhar sempre voltado à realidade do negro brasileiro. A narrativa evidencia episódios marcantes da trajetória do artista, como o seu convívio com a atriz Ruth de Souza – amiga que o abrigava após as manifestações políticas pelos direitos dos trabalhadores; quando a música Mulher Barriguda, canção de autoria de Solano Trindade – compreendida como protesto à ditadura militar, foi gravada pelo grupo Secos e Molhados, em 1973, e durante outros acontecimentos relacionados à obra do poeta. Dada sua militância política pacífica, Solano é considerado por muitos o Gandhi da literatura popular brasileira, mesmo tocando em pontos críticos – dentre eles, a dificuldade de inserção do negro no mercado de trabalho.
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Espetáculo ‘Quem é você?’
Até 8/9, às 16h
Endereço: Funarte MG – Rua Januária, 68 – Belo Horizonte (MG)
A peça, que é uma criação original, conta a história de Biba, personagem que vive em um armário aos cuidados de uma enorme aranha, até que um dia decide aventurar-se pelo mundo. Por marcar a trajetória da infância para a adolescência que, por vezes, pode ser bastante assustadora para quem a vive, o espetáculo também dialoga com o universo dos contos de suspense e mistério. No palco, elementos da atmosfera sombria desses contos se concretizam por meio de cenários e seres fantásticos criados a partir da composição inventiva dos corpos em cena.
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Espetáculo ‘O Aniversário de Jean Lucca’
Até 8/9
Endereço: Funarte SP – Alameda Northmann, 1058 – São Paulo (SP)
Escrita e dirigida por Dan Nakagawa, a peça é considerada por seu autor um ‘quase musical’, com forte influência do Teatro do Absurdo. Questões problemáticas da sociedade e do sujeito contemporâneos, como a apatia social e a indiferença, são abordadas pelo texto. No enredo, estão em foco os preparativos da festa organizada por uma babá para o menino Jean Lucca, filho único de um casal que vive em um condomínio de luxo em São Paulo. Toda a ação se passa durante esses preparativos antes da festa, de modo que a babá e os convidados vão se revelando ameaças à bolha de conforto e acomodação em que vive o casal. Os estranhos invadem os muros físicos ou subjetivos que o protegem, gerando incômodos que se manifestam como apatia ou paranoia.
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Espetáculo ‘Neurinha’
De 14 a 29/9
Endereço: Teatro Dulcina – Rua Alcindo Guanabara, 17 – Rio de Janeiro (RJ)
A montagem mostra, com muita diversão, a importância da infância e pré-adolescência através da rotina de dois irmãos. Clarinha e Paulinho vivem discutindo as ‘neurinhas’ existentes em suas vidas. A peça convida o público a refletir sobre como é essencial ser criança e curtir esse momento. Neurinha também tem como proposta incentivar o hábito da leitura. O projeto tem o apoio do empresário e criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa. Ao final do espetáculo, são distribuídos gibis para a plateia.
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Mostra ‘País Denso: Velaturas’
Até 25/9
Endereço: Funarte MG – Rua Januária, 68 – Belo Horizonte (MG)
A Funarte MG recebe a exposição ‘País Denso: Velaturas’, de Helena Teixeira Rios. O conjunto é composto por fotografias, trabalhadas por meio de várias técnicas e aplicadas com jato de tinta em papel algodão. As imagens foram coletadas durante a viagem da artista visual a Israel, em 2018. Ela percorreu Jerusalém, Tel Aviv, Acre, Haifa, Safed, Massada e Nazaré – “locais que remontam ao quarto milênio a.C”, observa a Helena. “Jerusalém foi destruída pelos efeitos de guerras pelo menos duas vezes, sitiada em 23 oportunidades, atacada em 52 momentos e capturada e recapturada 44 vezes”, acrescenta. Diante de tal perspectiva, a artista se viu diante de um problema que, segundo ela, aflige qualquer fotógrafo “que se aventura na difícil missão de traduzir em imagens a história de uma determinada localidade”.
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Exposição ‘Pequenos Vestígios de Melancolia’
Até 29/9
Endereço: Funarte SP – Alameda Northmann, 1058 – São Paulo (SP)
Os artistas Andrey Zignatto, Daniel Jablonski, Kitty Paranaguá, Jordi Burch, Paulo Ferreti e Renata Pelegrini têm trabalhos expostos sob a curadoria de Cadu Gonçalves, também artista visual, pesquisador, educador e produtor. Segundo o curador, em linhas gerais o espectador da exposição encontrará imagens de espaços esvaziados, que convidam ao seu preenchimento ou pelo menos o sugerem. Podem ser espaços físicos, imaginários, representações do tempo ou manifestações do espírito; provocam sempre uma impressão de vazio. Cadu Gonçalves explica, ainda, que a mobilização do espectador pelas obras cria uma relação que jamais se consuma na ação efetiva, apenas na contemplação e na espreita. Daí a ideia de melancolia, presente em todos os trabalhos: marca da constatação de uma falta, sem qualquer perspectiva da plenitude.
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INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN)
Exposição ‘Pau, corda, cores e (re)invenções: instrumentos e artesanatos do Carimbó’
Até 8/9
Endereço: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rua do Catete, 179 – Rio de Janeiro (RJ)
A mostra traz referências sobre a forma de expressão que envolve múltiplas linguagens, como a dança, a indumentária, o canto, o ritmo, a culinária e produção artesanal, que fica disponível para visitação gratuita até o dia 08 de setembro na Sala do Artista Popular (SAP). Há mais de dois séculos, o Carimbó mantém sua tradição em quase todas as regiões do Pará e tem se reinventado constantemente. Seus instrumentos, sua dança e música são resultados da fusão das influências culturais indígena, negra e ibérica; e a memória coletiva dos mestres e seus descendentes tem mantido vivo estes aspectos.
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Exposição ‘Arqueologia e Habitantes da Pré-História’
Até 10/9
Endereço: Museu de Geociências da Universidade de Brasília (UnB) – Campus Darcy Ribeiro – ICC – Ala Centro – Sala AT 276/18 – Brasília (DF)
A mostra sobre a diversidade cultural na pré-história está estruturada em dois módulos temáticos. O primeiro aborda elementos do patrimônio arqueológico do Distrito Federal (DF) que evidenciam a ocupação milenar do território. Apresenta artefatos de pedra dos caçadores e coletores da tradição Itaparica, fabricados há mais de 8,4 mil anos e usados na caça de animais. O material também resgata parte da história de sociedades de agricultores ceramistas que chegaram ao território da capital por volta do século X. As peças cerâmicas foram coletadas em pesquisas arqueológicas realizadas na região entre 1992 e 1995 pelos arqueólogos Eurico T. Miller e Paulo Jobim e os artefatos líticos (pedras) pelo arqueólogo Edilson Teixeira, em 2016. Já o segundo módulo traz peças arqueológicas coletadas em Santa Catarina pelo arqueólogo e padre João Alfredo Rohr. Entre elas, estão objetos de antigos habitantes da costa e do interior, os sambaquieiros e os caçadores e coletores da Tradição Umbu. O material inclui artefatos de pedra, osso e cerâmicas, utilizados para pescar, caçar, fazer outros instrumentos, preparar alimentos e corantes, além de adornos utilizados para enfeitar as pessoas. As peças em exposição formam parte da Coleção Padre João Alfredo Rohr, tombada pelo estado de Santa Catarina em 1984. Dois anos depois, foi a vez do Iphan reconhecer esse material, com a inscrição no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
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CASA DE RUI BARBOSA
Exposição ‘Raimundo Santa Helena’
Até 29/9
Endereço: Fundação Casa de Rui Barbosa – Rua São Clemente, 134 – Rio de Janeiro (RJ)
Até o final de setembro estará em exposição no hall da Fundação Casa de Rui Barbosa a exposição Raimundo Santa Helena. O acervo do cordelista paraibano foi doado no dia 30 de agosto, em uma cerimônia que reuniu amigos, admiradores e familiares do autor. O material doado conta com mais de 100 folhetos de cordel e parte dele pode ser conferido na mostra assinada por Sylvia Nemer.
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Mostra ‘Um Jardim de Tradições’
Mostra permanente
Endereço: Fundação Casa de Rui Barbosa – Rua São Clemente 134 – Rio de Janeiro (RJ)
Com uma seleção de fotos do Arquivo Casa de Rui Barbosa combinada com imagens dos atuais pequenos frequentadores, a exposição tem como propósito registrar o espírito lúdico e receptivo do Jardim Histórico. A museóloga do museu-casa Aparecida Rangel ressalta que o objetivo é “reafirmar o Jardim como forma de lazer e acolhimento, desde o século XIX, tempo de seu patrono Rui Barbosa, até os dias de hoje”. Por isso, a iniciativa é tida pelos organizadores como uma forma de reverência ao espaço cultural. A mostra temática acontece no quiosque do Jardim Casa de Rui Barbosa, localizado na Rua São Clemente, 134, em Botafogo, no Rio de Janeiro, e está aberta ao público de terça à sexta-feira, das 8h às 18h, sendo o horário de funcionamento aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. A entrada é franca.
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BIBLIOTECA NACIONAL
Exposição ‘Euclides da Cunha. Os sertões, testemunho e apocalipse’
Até 5/10
Endereço: Espaço Cultural Eliseu Visconti – Rua México s/n – Rio de Janeiro (RJ)
Dividida em quatro módulos – Os Sertões, Canudos, A República imaginada e a vida carioca e Canudos 2017 – uma exposição fotográfica sob o olhar de Joaquim Marçal e Celso Brandão, a exposição percorre uma linha do tempo que começa em 1830, com o nascimento de Antônio Conselheiro, vai a 1866, quando nasce Euclides da Cunha; lembra 1888, quando o escritor tenta quebrar sua espada do Exército à frente do ministro da Guerra e depois desliga-se da corporação e começa a carreira de jornalista, como defensor da república no jornal A República de São Paulo, hoje O Estado de S. Paulo; vai até a posse de Prudente de Morais, primeiro presidente civil, e chega à Guerra de Canudos, em 1896/1897: o primeiro enfrentamento dos seguidores de Antônio Conselheiro com as tropas do governo da Bahia; os ataques do Exército brasileiro contra o Arraial de Canudos, que passou a ser considerado foco monarquista; o cerco final, a morte de Antonio Conselheiro e a rendição final de Canudos, arrasado e incendiado, em 1897. Estarão expostas 130 peças do acervo da Biblioteca Nacional, cinco desenhos a carvão de Adir Botelho (pertencentes ao Museu Nacional de Belas Artes) e 14 imagens de Flavio de Barros, cedidas pelo Museu da República.
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INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (IBRAM)
Exposição ‘Brincos da Rainha’
Até 8/9
Endereço: Museu Regional de Caeté – Rua Dr. Israel Pinheiro, 176 – Caeté (MG)
Em comemoração à padroeira da cidade de Caeté (MG), Nossa Senhora do Bom Sucesso e São Caetano, o Museu Regional de Caeté/Ibram promove a exposição “Brincos da Rainha”. Na mostra, serão apresentados os brincos doados por famílias e artesãos da cidade de Caeté para a imagem da padroeira. A imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso, de origem portuguesa do século XVIII, tem o estilo barroco, ornamentos em sua policromia e atributos de prata. Os brincos que ornam a padroeira da cidade, considerada Rainha de Caeté, trazem, segundo os fiéis, nobreza e graciosidade para a imagem.
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Exposição ‘A Casa da Porta Verde’
Até 10/9
Endereço: Museu Victor Meirelles – Rua Rafael Bandeira – Florianópolis (SC)
A exposição A Casa da Porta Verde celebra o retorno do museu à sua sede histórica, na Rua Victor Meirelles, depois de a edificação ter passado por obras de restauração e ampliação que duraram três anos. Iniciando com a trajetória do pintor, seus estudos e retratos, e também com os trabalhos de seus mestres, a sequência da mostra chega às pinturas históricas, buscando propor uma ligação destas com a própria Casa enquanto patrimônio histórico nacional tombado pelo Iphan em 1950.
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Exposição ‘Festival de Esculturas do Rio’
Até 22/9
Endereço: Museu Nacional de Belas Artes – Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ)
O Festival, idealizado pelo produtor e curador Paulo Branquinho, tem o propósito de promover o intercâmbio entre artistas de diversas gerações, origens e linguagens, além de oferecer ao público sensações visuais, táteis e sonoras, proporcionadas pelas esculturas e instalações apresentadas. Para a elaboração das esculturas, foram utilizadas como matérias-primas madeira, plástico, aço, cerâmica e alumínio. Nas mãos dos artistas Ângelo Venosa (RJ), Boris Romero (Uruguai), Cris Cabus (RJ), Dudu Garcia (RJ), Frida Baranek (RJ), Hans Hoge (Alemanha), Jesper Neergaard (Dinamarca), Lorena Olivares (Chile), Marcos Cardoso (RJ) e Susana Anágua (Portugal), as esculturas dão forma a abordagens sociais, inspirações da natureza, sentimentos e sensações.
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Exposição ‘Nas asas da Panair’
Até 29/9
Endereço: Museu Histórico Nacional – Praça Mal. Âncora s/n – Rio de Janeiro (RJ)
Sob curadoria da historiadora Mariza Soares, a mostra apresenta itens da coleção criada em 2017 como resultado de uma parceria entre a empresa Panair do Brasil e a Família Panair, uma associação que reúne antigos funcionários da companhia. Ao longo de um ano, foram coletados quase 700 peças, entre objetos e material de divulgação impresso. Quase todos contribuíram com folhetos, medalhas comemorativas, uniformes, adereços, louça, maletas de mão, brindes, fotografias, fitas e CDs com entrevistas, outros tipos de documentos e pequenos luxos – como protetor de caneta tinteiro, guardanapo de linho e talher de prata dos “tempos da Panair”. Alguns objetos foram adquiridos nos leilões de liquidação da empresa.
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Exposição ‘Diário de Cheiros: Affectio’
Até 29/9
Endereço: Museu Nacional de Belas Artes – Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ)
A instalação Affectio é construída por seis mesas de aço corten com ânforas olfativas feitas em vidro soprado, técnica que a artista Josely Carvalho abraçou desde 2016 e que continua a desenvolver nos estúdios do Urban Glass, em Nova York. Cada ânfora recebe o nome do cheiro criado pela artista com o apoio da Givaudan do Brasil e da empresa Ananse. São eles: “Pimenta”, “Lacrimæ”, “Barricada”, “Anoxia”, “Poeira” e “Dama da Noite”. Este último, contudo, ganha uma sala especial no MNBA, na cor tonalidade carmim, que, segundo a artista, remete à sensibilidade, à potência e à força feminina, entendidas aqui como possível opção de mediação de conflitos. A mostra é um desdobramento de Teto de Vidro: Resiliência, que foi exibida no ano passado no Museu de Arte Contemporânea – MAC USP e concorre, junto de outros cinco projetos, ao The Art and Olfaction Awards 2019, premiação internacional que celebra e premia artistas e perfumistas experimentais e independentes.
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Exposição ‘Melvin Edwards’
Até 27/10
Endereço: Museu da República – Rua do Catete, 153 – Rio de Janeiro (RJ)
Nascido nos Estados Unidos em 1937, Melvin Edwards se tornou célebre por suas esculturas abstratas de metal em aço. Em suas obras, ainda que abstratas, as ferramentas agrícolas como memória de sua infância no sul dos Estados Unidos estão presentes, além de correntes que podem remeter, segundo o artista, aos elos de conexão entre as pessoas. Nesse sentido, a exposição tem como objetivo explorar diferentes vertentes do trabalho do escultor, criando um leque de raciocínios desenvolvido pelo artista ao longo dos anos de pesquisa. Reconhecido como pioneiro na arte contemporânea afro-americana, Melvin Edwards funde engajamento político com abstração, produzindo objetos densos, fortes e carregados de significados. Sua obra procura conciliar o interesse na abstração com a satisfação por contar a história da cultura negra, buscando o diálogo com as lutas históricas e contemporâneas. A exposição inclui obras de aço, como “Boa sorte, primeiro dia”, típicas do estilo do artista, mas também aquarelas que dialogam com o peso do metal.
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Exposição ‘Culturas Africanas – arte, mitos e tradições’
Até 9/11
Endereço: Museu da Abolição – Rua Benfica, 1150 – Recife (PE)
Em forma de releitura de máscaras, escudos, objetos rituais de uso lúdico e utilitário da África, a exposição apresenta, também, algumas peças originais de vestuário da nobreza tradicional africana. A mostra é resultado dos trabalhos realizados por 16 pesquisadores do CAC sobre modelagem em argila. O projeto tem a direção da professora Suely Cisneiros Muniz, da UFPE, e orientação e curadoria do professor Paulo Lemos de Carvalho, pesquisador em antropologia da arte tradicional africana, além dos 16 pesquisadores do CAC.
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Exposição ‘Entre o acervo e o estúdio’
Até 1/12
Endereço: Museu Nacional de Belas Artes – Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ)
O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram) inaugurou a mostra da artista gaúcha, Marilice Corono, ‘Entre o acervo e o estúdio’. De acordo com a artista, a seleção das 32 obras que integram a exposição foi determinada pelo estudo dos gêneros, pelo caráter autorreferencial da maior parte das imagens, pela qualidade que apresentam e por aspectos afetivos e pessoais. Na exposição, algumas pinturas tornaram-se significativas, como a publicação ‘Iniciação a Pintura’ (1976) de um dos pioneiros da restauração no país, Edson Motta, professor de teoria, técnica e conservação da pintura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) entre os anos de 1945 e 1980 e autor de livros essenciais para a formação da artista. Com carreira iniciada na década de 1990, Corono já integrou mostras coletivas em vários estados do Brasil. Desde 2005, a artista realiza projetos de exposição que têm como tema o próprio espaço onde as obras são apresentadas. Além de artista visual, ela é professora de pintura do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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Exposição ‘Contextos Afro Digitais’
23/3/2020
Endereço: Museu do Açude – Estrada do Açude, 764 – Rio de Janeiro (RJ)
A mostra exibe cerca de 20 instalações inéditas, em chapas de aço expostas ao ar livre, nos jardins do museu. São girafas com 3,5m de altura, elefantes e polvos gigantes, além de outros bichos em exibição no espaço. A mostra também tem o objetivo de estimular o lúdico nas crianças, que poderão fazer sua própria obra de arte, reproduzindo um megabicho em papelão. Marcos Scorzelli é carioca, formado em Design pela PUC Rio e começou a carreira inovando em projetos de arquitetura como designer de interiores corporativo e de cenografia. Com seu pai, criou a Scorzelli Arquitetura e Design em 1993 e, ao longo de 23 anos, recebeu vários prêmios por projetos corporativos desenvolvidos para grandes empresas. Fotógrafo amador, é apaixonado pelo Rio. Desenvolveu sua linguagem vivenciando a natureza e explorando todos os cantos da capital fluminense.
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Assessoria de Comunicação
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