Começa nesta quarta-feira (10) uma das festas mais importantes da literatura no Brasil, a 17ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), no litoral sul do Rio de Janeiro. O evento vai até o dia 14. Com o patrocínio do Ministério da Cidadania, esta edição homenageia escritor brasileiro Euclides da Cunha, autor de Os Sertões. A festa terá 41 autores, artistas, músicos e atores nacionais e internacionais, que participarão de encontros literários, rodas de leitura, saraus, performances e entrevistas.
Entre os nomes que estarão em Paraty despontam os da escritora contemporânea inglesa Sheila Heti, da professora emérita de filosofia da Universidade de São Paulo Walnice Nogueira Galvão, além do escritor angolano Kalaf Epalanga. Participarão também a escritora portuguesa Grada Kilomba, de Carmen Maria Machado, a escritora norte-americana de origem cubana, Ayelet Gundar-Goshen, considerada revelação da literatura de Israel e a cantora e escritora brasileira Adriana Calcanhotto.
A diretora do Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas da Secretaria Especial da Cultura, Ana Cristina Araruna Melo, afirma que os investimentos numa festa como esta são fundamentais. “É função estratégica do departamento promover a literatura brasileira e fomentar processos de criação, difusão, circulação e intercâmbio literário no país”, ressaltou a diretora. A Flip 2019 conta com o patrocínio do Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Especial de Cultura, a partir do Edital de Feiras Literárias, recebendo R$ 400 mil e outros R$ 100 mil de contrapartida.
Para Ana Cristina, o estímulo à leitura enriquece e precisa ser apoiado. “Nesse sentido, torna-se essencial o apoio às feiras e eventos literários para incentivar o hábito da leitura entre crianças, jovens e adultos brasileiros, possibilitando a aproximação entre o público, autores e literatura”, disse. A diretora acrescenta que outra ferramenta importante para alavancar a cultura e a economia criativa é a Lei Federal de Incentivo à Cultura – nos últimos 27 anos, desde que foi criada, já injetou R$ 49,78 bilhões no setor produtivo. A Flip também conta com apoio por meio da legislação e a edição 2019 da feira continua em fase de captação de recursos.
A representante da política dedicada ao livro reforça que o retorno do investimento na área é significativo, tanto do ponto de vista cultural quanto financeiro para o país. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que a FLIP de 2018 arrecadou R$ 46,9 milhões. Ou seja, um valor 13 vezes maior que os R$ 3,5 milhões investidos pela organização do evento.
Cordel – A edição deste ano da FLIP contará pela primeira vez com a Literatura de Cordel, que foi registrada como Patrimônio Cultural do Brasil no ano passado. Os participantes da feira poderão se aprofundar nesse universo de 10 a 14 de julho. As atividades protagonizadas por cordelistas e editores do gênero de várias localidades do país estarão concentradas no Escritório Técnico do Iphan em Paraty (RJ). E incluem oficinas e rodas de conversa, além de venda de cordéis, exposições, declamações, pelejas, apresentação musical e lançamento de livros.
Patrimônio – A festa literária tem mais um motivo para comemorar. No dia 5 de julho Paraty e Ilha Grande foram reconhecidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Mundial. Elas integram agora a lista de 22 bens brasileiros de excepcional valor universal. O local é o primeiro bem brasileiro inscrito na categoria de sítio misto, ou seja, cultural e natural.
Para saber mais sobre os investimentos feitos pelo Ministério da Cidadania no setor, acesse: cultura.gov.br.
Bruno Romeo
Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania