Estatisticamente, voar ainda é muito mais seguro viajar em outros meios de transporte, mas as más notícias da indústria aérea no último ano contribuíram com medo de voar. Avião durante decolagem em aeroporto, uma das fases do voo mais temidas pelos passageiros. Unsplash/Dominik Scythe Estatisticamente, o avião continua sendo muito mais seguro que outros meios de transporte, incluindo o carro. Mas as más notícias que sacudiram a indústria aérea no último ano e meio certamente não ajudaram a diminuir o medo que muitos têm de voar. Dinheiro no exterior: saiba como lidar com as taxas e as regras Entenda o que é exigido para crianças e menores sem a companhia dos pais Mais de 500 pessoas morreram em acidentes aéreos em 2018, comparado a 59 fatalidades do ano anterior, segundo estatísticas do Aviation Safety Network, um site de entusiastas em aviação que reúne dados sobre acidentes aéreos disponíveis em bases de dado oficiais e outras disponíveis em todo o mundo. O número de mortes registradas até primeiro de julho desse ano pelo ASN já soma 212, incluindo voos privados e comerciais. Apesar dessas cifras, no entanto, as probabilidades de se morrer em um acidente aéreo continuam extremamente baixas: de 1 entre 1,3 milhão no pior dos casos, segundo cálculos do professor do MIT Arnold Barnett. 'Vou cair?' Mas as probabilidades são ainda menores em regiões como os Estados Unidos, a União Europeia e até a China, onde, na média, segundo as estimativas de Barnett, uma pessoa pode pegar um avião diariamente por 90 mil anos sem sofrer um acidente fatal. Essa é a aposta de "Am I Going Down?" (Vou cair?), um dos vários novos aplicativos de celular para combater a aerofobia. O aplicativo, disponível no iTunes por US$2,99 (R$ 11,35) diz calcular as probabilidades de acidente de 10 milhões de rotas específicas. A ideia é que a informação resultante tenha um efeito tranquilizador. A probabilidade de um acidente em qualquer voo entre os aeroportos de Heathrow, em Londres, e Miami, por exemplo, é de 1 em 4,998,290. "Se você pegar o voo todos os dias, esperaria, em média, 13.693 anos até cair", Esse é o recado que o aplicativo mostraria para acalmar o usuário. "Terapeuta a bordo" O aplicativo "Valk Fear of Flying" (Valk Medo de Voar), desenvolvido pela Fundação Valk, na Holanda, em colaboração com a KLM, Air France, a Universidade de Leiden e o aeroporto Schiphol de Amsterdã., também daria uma mensagem parecida. Para o iOS, o aplicativo custa US$ 3,99 (R$ 15,15); para Android, US$4,79 (R$ 18,18). Concebido como um "terapeuta de voo pessoal", o aplicativo, que só existe em inglês, também oferece previsões do tempo e possíveis turbulências, além de guiar o usuário por uma série de exercícios de combate ao estresse. O aplicativo também inclui um "botão do pânico" que ativa um terapeuta automático para ajudar o usuário nos momentos de maior ansiedade. 'Ao lado do capitão' A ideia de que informações podem nos acalmar também está por trás do SkyGuru, que oferece explicações em tempo real do que está acontecendo no voo. O aplicativo, gratuito, analisa o clima e as possível turbulências e oferece conselhos e previsões sobre o que esperar da decolagem à aterrissagem. Uma versão paga utiliza sensores de celulares inteligentes para explicar sons incomuns, manobras do avião e sensações experimentadas durante o voo. Usuários comumente descrevem a experiência como "viajar sentado ao lado do capitão". Mas essa versão, mais cara (US$19,99, ou R$ 75,88) só está disponível em inglês e russo. Uma combinação desses serviços também pode ser acessadas por meio de aplicativos como Turbcast (de previsão de turbulências), SOAR (em que um piloto explica tudo o que é preciso saber sobre aviões e voos) e "Overcome the Fear of Flying" (Supere o Medo de Voar, que oferece sessões de hipnose). O aplicativo se chama ANA Take off Mode, é gratuito, e aposta em distrair o usuário com jogos imersivos para que o passageiro simplesmente se esqueça de que está voando, decolando ou aterrisando.