O secretário especial da Cultura do Ministério da Cidadania, Henrique Pires, prestigiou, nesta quinta-feira (20), a 27ª edição da Feira Nacional do Doce (Fenadoce), realizada em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Com o tema Nosso Patrimônio, o evento oferece aos visitantes um passeio pela história da cidade gaúcha. A expectativa é que cerca de 300 mil pessoas visitem a feira até o próximo domingo (23).
Ao percorrer os pavilhões do Centro de Eventos, onde é realizada a feira, Henrique Pires destacou o potencial da Fenadoce para impulsionar a economia criativa. “A feira, que tem na gastronomia sua maior âncora, oferece ao mesmo tempo atividades artísticas, shows, resgate da memória, reuniões culturais. Ela proporciona à cidade, uma vez por ano, a possibilidade de confraternizar, vender e planejar negócios”, destacou.
A Fenadoce é realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Pelotas. Em reunião com o secretário Henrique Pires, o conselheiro gestor da CDL, Ênio Lopes, ressaltou que a proposta do tema desta edição foi pensada para envolver a comunidade na preservação da memória de Pelotas, em um momento marcante: o Centro Histórico da cidade está recebendo recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cidadania, para a revitalização da Praça Coronel Pedro Osório, da Casa 2, do Theatro Sete de Abril e do Grande Hotel. “Conseguimos com o Iphan o certificado de patrimônio material com os prédios e imaterial com o fazer dos doces. Queremos que as pessoas conheçam e valorizem o patrimônio. Este é o objetivo da Fenadoce este ano”, pontuou Lopes.
Patrimônio histórico
O cenário da Fenadoce é formado por representações de prédios históricos tombados, assinados pelo artista Leandro Selister, enquanto que o projeto de artes cênicas e música traz a criação de personagens inspirados nas memórias e histórias contadas sobre Pelotas, conforme explica a produtora cultural do evento, Adriane Silveira. “É uma feira que investe nas diversas áreas da cultura, gastronomia, na área das artes cênicas, visuais, na música, na arte em geral. Aqui, nós temos um pouco de Pelotas, seu conjunto histórico e sua tradição doceira”, relatou.
Pela primeira vez na Fenadoce, o DJ Wellington Leal percorreu cerca de uma hora, do município de Rio Grande, para conhecer a feira e se deliciar com os doces pelotenses. Não se decepcionou. “Estou achando a estrutura muito bem equipada, para mim, a réplica do Mercado Central é o auge da feira. Tudo muito bonito e bem pensado, sem falar nos doces”, sorriu, enquanto saboreava um pastel de Santa Clara.
E há quem venha de mais longe. A Fenadoce atrai milhares de visitantes de outros estados do país e também do Mercosul. Para as doceiras, é a oportunidade de vender e divulgar os doces pelotenses, além de preservar sua tradição, como pontua a secretária da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas, Rosani Schiller. “Ao valorizarem, consumirem e divulgares nossos doces, as pessoas estarão levando adiante e respeitando, assim, essa tradição doceira.”
Renata Garcia
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania