Entregadores de patinete: a italiana Generali começa a oferecer seguro contra acidentes pessoais para usuários de novos meios de transporte urbano (Daniel Cymbalista/Pulsar Imagens/EXAME)
A seguradora italiana Generali quer pegar carona no mercado de aluguel de bicicletas e patinetes no Brasil, que anda no centro das discussões sobre mobilidade urbana.
Com receita anual de prêmios na casa dos 70 bilhões de euros, a oitava maior seguradora do mundo acaba de obter autorização da Superintendência de Seguros Privados para vender apólices que protejam os usuários desses meios de transporte em caso de acidentes pessoais, como quedas. O preço começa em 48 centavos por dia (ou 14,46 reais por mês) para uma cobertura de sinistro de 3.000 reais.
A Generali está conversando com os administradores desse tipo de serviço para definir os modelos de contratação. Um dos principais alvos é o condutor que utiliza os veículos para fazer entregas. Já há 4 milhões de pessoas usando plataformas como Uber, iFood e Rappi para ganhar dinheiro no país — trabalhadores que não contam com nenhum tipo de amparo legal.
A Grow, união das empresas Grin e Yellow, registrou uma redução de 40% no movimento entre o final de maio e o começo de junho, quando começaram a surgir notícias de acidentes com bicicletas e patinetes e a prefeitura de São Paulo ameaçou endurecer a regulação.
A Generali começou a oferecer esse seguro recentemente na Itália. No Brasil, foca produtos massificados, a exemplo dos seguros para celular, distribuídos em parceria com empresas como TIM e Lojas Americanas. De 2016 a 2018, seu faturamento nesse segmento saiu do zero para 270 milhões de reais.