Ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, está preso desde abril (Issei Kato/Reuters)
O ministro da Economia, Bruno Le Maire, anunciou nesta quarta-feira que a Renault, que pertence em 15% ao Estado francês, denunciará o ex-presidente da empresa Carlos Ghosn por um gasto suspeito de 11 milhões de euros.
“O Estado levará todos os elementos à justiça e fará uma denúncia”, declarou Le Maire em uma entrevista aos canais BFMTV e RMC, explicando que a denúncia será apresentada pela empresa.
“Quando o Estado é acionista de referência de uma empresa, como no caso da Renault, na qual temos 15%, seu papel é assegurar que a governança funciona bem”, completou o ministro.
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O conselho de administração da montadora anunciou na terça-feira ter identificado 11 milhões de euros de gastos suspeitos por parte de Ghosn, que incluem o superfaturamento de viagens de avião e doações a associações sem fins lucrativos.
A quantia inclui sobrecustos de deslocamentos de avião, doações a organizações sem fins lucrativos e outras despesas não especificadas, mas realizadas por Ghosn.
As conclusões definitivas da avaliação confirmam as “deficiências em matéria de transparência financeira e de procedimentos de controle das despesas” apontadas em abril nos resultados provisórios dessa avaliação.