Na Semana Nacional do Meio Ambiente o Sesc Corumbá adota a temática para mostra cinematográfica que levará ao público produções sobre problemáticas antigas e também novos pontos a serem estudados, além de focar soluções bastante estratégicas, sustentáveis e inovadoras. Em parceria com a VIDEOCAMP (plataforma de filmes gratuitos) haverá exibições diárias, a partir das 15 horas, no período de 04 a 07 de junho. A mostra “Ambiente-se” traz documentários em formatos de curta e longa metragem, incluindo também uma sessão do Cine Mostrinha, voltado ao público infantil.
“Morar no Pantanal é um privilégio e cuidar dele é uma de nossas responsabilidades. Para comemorar a Semana Nacional do Meio Ambiente decidimos fazer uma mostra cinematográfica com filmes que tratem de questões ambientais”, convida a gerente do Sesc Corumbá, Marcelle Saboya.
Durante todos os dias, a abertura das exibições, às 15 horas, será com o minidocumentário “Rio Paraguai, Minha Vida”, de João Inácio. Em três minutos de duração, o curta traz como personagem o sr. Farias, pescador aposentado, que conhece o rio Paraguai como ninguém. Tirou dele o sustento e graças a ele criou seus filhos e manteve a família. Com sabedoria e muita emoção ele fala sobre o desmatamento, a falta de saneamento básico e a falta de planejamento em conservação ambiental que estão comprometendo seriamente o rio Paraguai.
No dia 04 de junho, terça-feira, o longa “O poema Imperfeito”, de Zulmira Coimbra, relata a destruição da natureza, considerada um fenômeno recente, porém datada de muito antes da Revolução Industrial, revelada por achados de paleontólogos. Com um profundo conhecimento sobre ecologia, e de uma forma muito cativante, Fernando Fernandez explica como o crescimento econômico desenfreado de uma sobre população humana em um planeta com recursos finitos implica na perda da biodiversidade, dos serviços ecológicos e da qualidade de vida de seus habitantes – tanto seres humanos como não humanos. Ainda faz considerações sobre a nossa relação evolutiva com os outros seres vivos.
No dia 05 de junho, quando é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, será a vez de exibir “Ser tão velho Cerrado”, com direção de André D´elia. O documentário é uma grande campanha em defesa do Cerrado que sofre com desmatamentos recordes levando um ecossistema inteiro à extinção. Preocupados, moradores da Chapada dos Veadeiros se juntam para elaboração de um plano de manejo que desafia a conciliar interesses aparentemente incompatíveis, abrindo um diálogo necessário entre a comunidade científica, agricultores familiares, grandes proprietários de terra e defensores do meio ambiente.
Dia 06 de junho tem exibição de curtas. “Ohokiti” resgata a prática religiosa tradicional religiosa do Povo Terena. Seu Anuti traz um pouco desse conhecimento, mostrando aos alunos da oficina Koxunakoti itukeovó Yoko kixovoku Terenoe – Fortalecimento do jeito de ser Terena através do audiovisual, realizado em 2015, na aldeia Babaçu, no município de Miranda/MS. Já “Mosarambihára, semeadores do bem viver”, mostra projeto para a formação de jovens multiplicadores dos saberes tradicionais Guarani e Kaiowá. Ambos têm direção da Coletiva Ascuri. O filme “Paraguai – Cinco gritos de um rio que morre”, de Henrique Santana, traz histórias dos principais impactados pelo projeto de desenvolvimento que vem sendo desenhado há séculos por pequenos grupos que dão as diretrizes produtivas do país.
Encerrando a mostra, na sexta-feira, 07 de junho, será exibido o longa “Que estranha forma de vida”, de Pedro Serra Laura Pazo, abordando formas de vida paralelas à sociedade como a conhecemos. São projetos alternativos ao sistema que procuram viver em harmonia com a natureza com uma visão do futuro baseado na sustentabilidade. Para a criançada, o Cine Mostrinha exibe às 18 horas o “Especial Amigos da Natureza”.
Fonte: Infinito Comunicação