O Prêmio Camões, criado em 1988 pelos governos do Brasil e Portugal, é concedido todos os anos para os autores que contribuíram para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua portuguesa, abrangendo todos os países que falam o idioma.
O anúncio do ganhador acontece todos os anos, alternadamente, no Brasil e em Portugal e neste ano calhou de ser feito aqui no Brasil. Após uma reunião de quase duas horas, na sede da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, a presidente da instituição, Helena Severa, durante esta terça-feira (21), fez a revelação: o escritor, cantor e compositor Chico Buarque, pelo conjunto de toda as suas obras.
A premiação é considerada hoje uma das mais importantes no campo da literatura portuguesa. O júri é formado por representantes do Brasil, Portugal e países africanos de língua oficial portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial) e, neste ano, na 31º edição, o júri foi formado por Clara Rowland e Manuel Frias Martins, de Portugal, Ana Paula Tavares, de Angola, Antonio Cicero Correia Lima e Antônio Carlos Hohlfeldt, do Brasil, e Nataniel Ngomane, de Moçambique, segundo informações do G1.
Além do reconhecimento, Chico recebe o valor de 100 mil euros. Ele é o 13º vencedor brasileiro do prêmio. O mais recente foi Raduan Nassar, autor de “Lavoura arcaica” e “Um copo de cólera”, reconhecido em 2013.
Além disso, Chico passa a fazer de um grupo seleto de grandes nomes da língua portuguesa como Jorge Amado (1994) e os portugueses José Saramago (1995) e António Lobo Antunes (2007).