Paulo César Pinheiro faz hoje 70 anos de vida. Nascido em 28 de abril de 1949, o compositor e poeta carioca é um dos maiores criadores da música brasileira. Não somente pela quantidade da obra, erguida desde que o artista tinha 13 anos, apresentada publicamente a partir de 1968 e atualmente estimada pelo autor em mais de duas mil músicas. Mas sobretudo pela qualidade poética dessa obra.
Construído com cerca de 150 parceiros, em processo de criação no qual geralmente Pinheiro é o letrista que escreve versos sobre melodia (ainda que o parceiro habitual Dori Caymmi tenha musicado diversos poemas do artista), o cancioneiro do compositor reúne tantos títulos memoráveis que é fácil relacionar nada menos do que 70 grandes músicas da lavra contínua de Pinheiro para celebrar os 70 anos de vida do artista.
Eis, em ordem alfabética e com os respectivos parceiros e anos de lançamento em disco, numa espécie de ABC da obra de Paulo César Pinheiro, 70 músicas memoráveis que têm versos desse poeta compositor já septuagenário gravado desde a década de 1970 por grandes cantoras do Brasil como Elis Regina (1945 – 1982), Elizeth Cardoso (1920 – 1990), Clara Nunes (1942 – 1983), Simone, Maria Bethânia e Mônica Salmaso:
Paulo César Pinheiro geralmente escreve versos sobre melodias já existentes — Foto: Silvana Marques / Divulgação Paulo César Pinheiro geralmente escreve versos sobre melodias já existentes — Foto: Silvana Marques / Divulgação
Paulo César Pinheiro geralmente escreve versos sobre melodias já existentes — Foto: Silvana Marques / Divulgação
- À flor da pele (Maurício Tapajós, Clara Nunes e Paulo César Pinheiro, 1977)
- Alguma voz (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2014)
- Amazon river (Rio Amazonas) (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 1990)
- Amor alheio (Ivor Lancellotti e Paulo César Pinheiro, 1985)
- Ara-Keto (Edil Pacheco e Paulo César Pinheiro, 1985)
- As forças da natureza (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1977)
- Banho de manjericão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1979)
- Batendo a porta (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1974)
- Bodas de ouro (Ivone Lara e Paulo César Pinheiro, 1997)
- Bolero de Satã (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1976)
- Cai dentro (Baden Powell e Paulo César Pinheiro, 1979)
- Candeeiro encantado (Lenine e Paulo César Pinheiro, 1997)
- Canto das três raças (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1976)
- Cão sem dono (Sueli Costa e Paulo César Pinheiro, 1977)
- Cicatrizes (Miltinho e Paulo César Pinheiro, 1972)
- Cordilheira (Sueli Costa e Paulo César Pinheiro, 1979)
- Desenredo (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 1976)
- É festa (Ivan Lins e Paulo César Pinheiro, 2004)
- Espelho (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1977)
- Eu hein, Rosa! (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1979)
- Guerreira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1978)
- Havana-me (Joyce Moreno e Paulo César Pinheiro, 1996)
- Jogo de Angola (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1978)
- Lapinha (Baden Powell e Paulo César Pinheiro, 1968)
- Leão do Norte (Lenine e Paulo César Pinheiro, 1993)
- Linha de caboclo (Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro, 2009)
- Maior é Deus (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro, 1974)
- Matita Perê (Antonio Carlos Jobim e Paulo César Pinheiro, 1973)
- Menino Deus (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1974)
- Mineira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1975)
- Minha missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981)
- Mulata faceira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1979)
- Navegante (Guinga e Paulo César Pinheiro, 2014)
- Nomes de favela (Paulo César Pinheiro, 2003)
- Noturna (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1987)
- O dia em que o morro descer e não for Carnaval (Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro, 1996)
- O samba é meu dom (Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro, 1996)
- Pano pra manga (Rosa Passos e Paulo César Pinheiro, 1996)
- Passarinhadeira (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1993)
- Pedrinho (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 1977)
- Pelo bem da vida (Carlos Lyra e Paulo César Pinheiro, 1980)
- Pesadelo (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, 1973)
- Poder da criação (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1980)
- Portela na Avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1981)
- Porto de Araújo (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1989)
- Procissão da Padroeira (Guinga e Paulo César Pinheiro, 2010)
- Qualquer caminho (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro, 2010)
- Quem é da noite canta (Tito Madi e Paulo César Pinheiro, 1987)
- Ralador (Roque Ferreira e Paulo César Pinheiro, 2004)
- Receita de samba (Joyce Moreno e Paulo César Pinheiro, 1996)
- Refém da solidão (Baden Powell e Paulo César Pinheiro, 1970)
- Rosa vermelha (Sueli Costa e Paulo César Pinheiro, 1988)
- Sagarana (João de Aquino e Paulo César Pinheiro, 1974)
- Saudades da Guanabara (Moacyr Luz, Aldir Blanc e Paulo César Pinheiro, 1989)
- Sem companhia (Ivor Lancelotti e Paulo César Pinheiro, 1980)
- Senhorinha (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1986)
- Serrinha (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1982)
- Súplica (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1979)
- Talismãs (Ivor Lancellotti e Paulo César Pinheiro, 1985)
- Tô voltando (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, 1979)
- Última forma (Baden Powell e Paulo César Pinheiro, 1972)
- Um ser de luz (João Nogueira, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1983)
- Velho arvoredo (Hélio Delmiro e Paulo César Pinheiro, 1979)
- Velho piano (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 1982)
- Vento bravo (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro, 1973)
- Viagem (João de Aquino e Paulo César Pinheiro, 1969)
- Violão vadio (Baden Powell e Paulo César Pinheiro, 1970)
- Vou deitar e rolar (Quaquaraquaquá) (Baden Powell e Paulo César Pinheiro, 1970)
- Xingu (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1985)
- Yemanjá, rainha do mar (Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro, 2006
Fonte: G1