A partir de 02 de abril estará aberta para visitação no Sesc Cultura a exposição “Floresta Encantada – Desdobramentos de um laboratório pictórico”, de Ana Ruas. A vernissage de abertura será no sábado, 30, às 19h30, aberta ao público. A exposição acontece até o dia 06 de julho na Galeria Sesc Cultura. No dia 08 de maio, às 18 horas, haverá encontro acessível, com audiodescrição e libras.
Além da exposição, Ana Ruas ministra no dia 03 de abril, às 19h30, a palestra “O desenho do mundo pelo olhar da criança: processos e registros”. O público-alvo são arte-educadores, pedagogos, além de público em geral.
A proposta é encontrar modos de questionar processos e registros do desenho da criança. Compartilhando experiências de projetos educativos com crianças em seu ateliê, a artista defende a importância do pensar e do sentir durante o processo, para tanto, aponta motivos e estratégias para evitar o desenho estereotipado na escola. A artista acredita que atividades estrategicamente direcionadas, resultam em desenhos que geram pensamentos, revelam sutilezas e despertam um olhar poético sobre o mundo.
No dia 04 de maio, às 15h30, a ação envolverá a criançada, no Sesc Arte para Crianças, com a oficina de desenho que propõe um diálogo com os desdobramentos da série Floresta Encantada, que é o assunto que permeia a pesquisa atual da artista. Assim como acontece no ateliê Ana Ruas, um espaço não formal, que funciona como lugar de trabalho da artista e laboratório pictórico, desconstruindo sistemas e combatendo estereótipos, a oficina no ateliê do Sesc, irá propor um diálogo entre o assunto Floresta e as próprias árvores existentes no entorno da unidade.
Origem da exposição – Nas férias escolares de verão, em 2016/2017, uma experiência pictórica foi oferecida no Ateliê Ana Ruas e crianças experimentavam materiais sem medo e a tinta escorria sem pressa. Neste local que funciona como um laboratório pictórico, onde nem tudo é previsível, mas tudo é observado e experimentado, oferece experiências em processos em artes visuais, provocando intercâmbios e ações coletivas.
O laboratório desdobrou-se de tal forma que, tornou-se uma obra aberta, com assuntos que permeiam a pesquisa da artista em todas as suas ações. Nesta exposição, o destaque se dá pelo desdobramento entre florestas, florestinhas num espaço imaginário e no espaço urbano, representado pela insistência dos matinhos na calçada do ateliê da artista.
Sobre a artista – Ana Ruas nasceu em Machadinho, RS, em 1966. Vive e trabalha em Campo Grande, MS desde 1996. A artista já foi contemplada com Prêmio PIPA – Voto Popular 2015. Indicada ao Prêmio PIPA em 2018. Em 2013, foi contemplada com o prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais, com o projeto Seminário Entre Vários Olhares: da Pintura à Intervenção. Em 2014, participou da Bienal Del Fin del Mundo, em Mar del Plata, na Argentina e pintou a fachada do MACP – Museu de Arte e de Cultura Popular, Cuiabá, MT. Entre as exposições individuais: destacam-se: em 2018, Floresta Encantada 5, Galeria Via Thorey, Vitória, ES; em 2017, Floresta Encantada, Museu de Arte Contemporânea de MS, Campo Grande, MS; em 2016, Estratégias para dimensionar a delicadeza e o afeto, Galeria Andrea Rehder, São Paulo/SP; em 2014, Plano B, MARCO,MS; em 2010, Construções Verticais, MARCO,MS; em 2008, Era uma vez, MARCO – Museu de Arte Contemporânea de MS, Campo Grande, MS; em 2009 Da arte e do lugar, Intervenção, Pinacoteca da UFAL, Maceió, AL. Exposições coletivas destacam-se: em 2018, SCAPELAND – Território Livre, curadoria Laerte Ramos, Galeria Marta Traba, Memorial da América Latina, São Paulo, SP; 2018, Dialetos 2, curadoria Paulo Henrique Silva, CCSP, São Paulo; em 2011 Dialetos, Galeria de Arte Frei Confaloni. Edição Goiânia, GO Dialetos, Galeria Antônio Sibasolly, Edição Anápolis, GO Dialetos, MARCO Edição Campo Grande, MS. Coordena o Ateliê Ana Ruas desde 2011, um Ateliê Aberto com propostas transdisciplinares e projetos educativos.
Fonte: Infinito