JBS: empresa reverteu o prejuízo do ano passado (Paulo Whitaker/Reuters)
São Paulo – A JBS reverteu o prejuízo de R$ 451,7 milhões registrado no quarto trimestre de 2017 para lucro líquido de R$ 563,2 milhões em igual período de 2018. No terceiro trimestre do ano passado, a companhia também havia reportado prejuízo líquido na casa dos R$ 133,5 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou 6,1% no último trimestre de 2018, em relação a um ano antes, para R$ 3,391 bilhões. Com isso, a margem Ebitda do período foi de 7,2%. As informações foram divulgadas nesta noite de quinta-feira.
A receita líquida obtida no intervalo de outubro a dezembro de 2018 cresceu 10,7% no comparativo anual, para R$ 47,318 bilhões. Aproximadamente 75% das vendas globais da JBS no trimestre foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 25% das receitas foram provenientes de exportações.
A alavancagem – relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado – mensurada em dólar diminuiu de 3,26 vezes no quarto trimestre de 2017 para 3,01 vezes em igual período de 2018. No cálculo em reais, a alavancagem baixou de 3,38 vezes para 3,18 vezes no intervalo avaliado.
No acumulado de 2018, o lucro líquido reportado caiu 95,3% ante 2017, para R$ 25,2 milhões. Em termos ajustados, excluindo os efeitos de adesão ao Programa de Regularização Tributária Rural (PRR – Funrural), o lucro líquido do ano passado foi de R$ 1,6 bilhão. A receita líquida anual atingiu R$ 181,68 bilhões, crescimento de 11,3%, enquanto o Ebitda ajustado de 2018 bateu o recorde de R$ 14,849 bilhões, 10,7% maior que o registrado um ano antes.
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Fluxo de caixa
No quarto trimestre do ano passado, a JBS gerou R$ 3,41 bilhões em caixa nas atividades operacionais, o que representa um aumento de 19,4% comparado ao mesmo período de 2017. O fluxo de caixa livre (após investimentos) foi de R$ 1,584 bilhão, uma diminuição de 21,4% na mesma análise comparativa. A empresa destaca, em comunicado, que no último trimestre de 2017 houve uma entrada de R$ 893,9 milhões referente ao Plano de Desinvestimentos, o que justifica a queda no fluxo de caixa livre.
Já em 2018, a empresa gerou R$ 11,46 bilhões em caixa nas atividades operacionais, um aumento de 31,8% frente ao ano anterior. O fluxo de caixa livre foi de R$ 5,699 bilhões, alta expressiva de 105,2% comparado a 2017.