Boeing: modelo de avião já foi proibido de operar em diversos países (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
Nova Délhi – O Governo da Índia vetou o uso de aviões Boeing 737 MAX 8 em seu espaço aéreo a partir desta quarta-feira, depois que uma aeronave deste modelo caiu no domingo na Etiópia, acidente que deixou 157 mortos.
Após anunciar ontem à noite a suspensão “imediata” dos voos operados com estes aparelhos utilizados por duas companhias aéreas indianas – Jato Airways e Spicejet -, o Ministério de Aviação Civil clarificou hoje em sua conta do Twitter que a medida inclui também a proibição de utilizar seu espaço aéreo.
“As operações dos Boeing 737 MAX 8 serão suspensas desde e para todos os aeroportos da Índia. Além disso, não será permitido a nenhum avião Boeing 737 MAX 8 entrar ou transitar pelo espaço aéreo indiano com efeito”, anunciou o departamento.
O ministério explicou que atrasou a implementação da medida até essa hora para permitir que as aeronaves estacionadas em centros de manutenção e os voos internacionais cheguem ao seu destino.
Ontem à noite, esse departamento tinha informado na mesma rede social que os Boeing 737 MAX 8 estariam em terra “até que houvesse modificações e medidas de segurança apropriada para garantir suas seguras operações”, enquanto continuam as consultas com reguladores de todo o mundo, companhias aéreas e produtores.
Na segunda-feira, a Jato Airways já anunciou que tinha deixado de voar com seus cinco aparelhos do modelo em questão.
Etiópia, China, Indonésia, Brasil, México, Singapura e Mongólia, entre outros países, informaram nos últimos dois dias da suspensão das operações destas aeronaves.
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O acidente aéreo que desencadeou as suspensões aconteceu no domingo, poucos minutos depois que o voo 302 da Ethiopian Airlines decolou do aeroporto internacional de Adis Abeba com destino a Nairóbi.
Após seis minutos de voo, o pilotou reportou “dificuldades” e solicitou retornar ao aeroporto etíope, o que foi concedido, mas o avião caiu perto de Adis Abeba, causando a morte de todos seus ocupantes.
Os 157 mortos tinham 35 nacionalidades diferentes e entre eles estavam quatro indianos, incluída uma empresa de consultoria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Em 29 de outubro de 2018, outro Boeing 737 MAX 8 da companhia indonésia Lion Air caiu no Mar de Java minutos depois de decolar desde Jacarta com 189 ocupantes.