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Manter o foco no agora é o caminho para trabalhar com eficiência e leveza, sem se sentir pressionado pelas demandas do futuro. Estudos já apontavam os benefícios que a atenção plena no presente traz, como diminuição do estresse, maior capacidade de ser multitarefa, melhoria da produtividade e da cognição para criar coisas novas. Agora a novidade fica por conta das soluções de educação corporativa, que também seguem esse viés e se conectam aos desafios que os times enfrentam no seu dia a dia.
Bater metas, idealizar um novo produto e impulsionar as vendas da companhia são alguns desses desafios. Porém, na hora de criar experiências de aprendizagem, essas questões costumam dar espaço para exercícios de “futurologia”: entram em cena as tendências, as referências internacionais, as comparações com organizações do mesmo setor e as competências que a equipe terá que desenvolver para se dar bem no futuro.
Claro, não é um problema tratar desses pontos, mas, nos últimos anos, essas ações acabaram se transformando em verdadeiras sessões de “infocalipse”, como brinca Alcir Miguel Jr., CEO da consultoria Movidaria. “As tecnologias avançam de maneira muito rápida e nossas limitações biológicas não nos permitem acompanhar essa velocidade, assim cria-se uma sensação constante de atraso, de estar deixando as coisas passarem”, explica.
O consultor recomenda, então, que as soluções de educação corporativa contratadas pelas empresas foquem os desafios enfrentados no presente para dar início à construção do futuro. Mais do que discursar sobre as tendências, é importante ajudar as companhias a implantar ações para incorporá-las, gerando movimentos dentro da organização.
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Foco em experiências e no presente
Para atender a essas demandas empresariais, a Movidaria desenvolveu a abordagem Espiral do Movimento, que se baseia em quatro etapas: o estalo (que pode ser um insight, uma mudança de perspectiva, uma ideia nova); o comprometimento (a construção do engajamento, um espaço para autoconfiança); o planejamento (uma estrutura simples para os primeiros passos); e, por fim, a criação de uma rede de apoio ao movimento para que as iniciativas não fiquem pelo caminho.
A abordagem pode ser utilizada com diferentes fins, como aumentar a produtividade e garantir que entregas aconteçam, desenvolver uma universidade corporativa, criar uma trilha de aprendizagem para a equipe de vendas, estimular uma cultura de inovação, gerar insights de líderes, entre outros. “Em resumo: não falamos sobre um tempo que não existe, focamos o presente, e não criamos experiências chatas e tradicionais. O mundo corporativo está sem paciência para ‘legalzices’”, define Miguel Jr.
A ideia de experiências utilizada pela consultoria busca fugir também do modelo de aulas ou palestras, que é mais comum nos treinamentos corporativos. Junto com os clientes, a consultoria constrói experiências que os times poderão enfrentar para conseguir incorporar determinadas competências. “Buscamos envolver os cinco sentidos e a intuição”, afirma o CEO. Um exemplo bem-sucedido: para capacitar a equipe a lidar com um segmento de clientes de alta renda, todos os gestores foram convidados a consumir e viver em espaços frequentados por esse público para compreender na prática como pode ser feito o atendimento a ele.
As soluções entregam experiências blended (presenciais e a distância), passando por sala de aula, on the job, restaurantes, lojas de roupa, vídeos interativos e realidade virtual e aumentada. “É impossível passar por experiências como essas e não sentir estalos que despertem o interesse em buscar caminhos para enfrentar as situações do dia a dia. Acredito que a educação corporativa precisa estimular as pessoas a serem mais independentes e a terem maior poder de decisão diante dos próprios desafios. O tempo é agora e as pessoas precisam estar inteiras no que estão fazendo”, afirma Miguel Jr.
Veja o vídeo manifesto da Movidaria: