Hyundai: capacidade produtiva atual da fábrica é de 180 mil unidades por ano (Kim Hong-Ji/Reuters/Reuters)
São Paulo – A Hyundai Motor Brasil anunciou nesta segunda-feira, 11, investimentos de R$ 125 milhões para ampliar a capacidade produtiva da fábrica em Piracicaba, interior de São Paulo, de 180 mil unidades ao ano para 210 mil.
O grupo já opera em três turnos de trabalho desde 2013 e manterá seu quadro atual de 2,7 mil funcionários.
No ano passado, com trabalho 24 horas nos cinco dias úteis da semana e horas extras aos sábados, a empresa conseguiu produzir volume recorde de 193 mil veículos. Agora, com a melhora do processo produtivo, será possível ampliar a capacidade em 30 mil unidades sem novas contratações.
O investimento será aplicado em melhorias nas operações e aquisição de novos equipamentos de alta tecnologia, inclusive robôs.
Em nota, o presidente da Hyundai Brasil, Eduardo Jin, afirma que a fábrica passou por diversas melhorias, principalmente nas estruturas de solda, pintura e montagem. “O volume adicional de 30 mil veículos vai atender prioritariamente o mercado brasileiro, respondendo às expectativas de crescimento do mercado brasileiro”. Segundo o executivo, com essa ampliação a marca “poderá manter sua participação de mercado ao longo do ano.”
A fábrica produz os modelos HB20 – terceiro carro mais vendido no País atualmente – e o utilitário-esportivo (SUV) Creta.
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Por não ter capacidade de atender a demanda, a Hyundai vinha reduzindo sua participação no mercado , que em 2016 chegou a 10% e a colocou como quarta maior marca em vendas no Brasil. No primeiro bimestre deste ano ela ficou em sétimo lugar no ranking, com 7,5% de participação no mercado de automóveis e comerciais leves e vendas de 28,7 mil veículos.
Desde a inauguração da fábrica, em 2012, inicialmente com capacidade para 150 mil carros ao ano, o grupo já havia investido US$ 830 milhões.
O novo aporte ocorre num momento em que a Ford anuncia o fechamento de sua fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e a General Motors negocia corte de custos com governos, trabalhadores e fornecedores para manter investimentos no País.
Ambas são grandes concorrentes da marca coreana.